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A “onda” do Plug and Play

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Nos últimos anos temos observado um crescimento vertiginoso na quantidade de assinantes que estão conectados à internet por meio da fibra óptica. Isso é um resultado claro do momento de transformação digital que vivemos, onde a força das redes sociais mudou a forma como as pessoas buscam e se conectam a todo tipo de conteúdo. Players de tecnologia como Amazon, YouTube, Netflix estão cada vez mais presentes no cotidiano da sociedade. Segundo uma estimativa da Cisco sobre o crescimento de dados globais no período de 2017-2022, a qual trata da segmentação dos serviços de internet mais utilizados, é possível observar que vídeo e gaming são os que apresentam maior tendência de crescimento em comparação com os outros tipos de serviço.

Portanto, a necessidade por uma conexão banda larga de qualidade não é mais um item supérfluo de lazer ou apenas entretenimento, tornou-se essencial para muitas atividades profissionais, de educação, comunicação e até mesmo de saúde. É um processo que já vinha ocorrendo. Prova disso é que antes mesmo da pandemia da Covid-19, em fevereiro deste ano, as conexões de fibra óptica no Brasil já representavam um total de 33% das conexões de banda larga, segundo a Anatel. Ou seja, eram aproximadamente 10,7 milhões de assinantes conectados através de fibra. Então veio a crise sanitária e tendências que apenas “engatinhavam”, como por exemplo home-office, EAD e consultas médicas online, rapidamente tornaram-se realidade nesse “novo normal” do isolamento social. Isso antecipou a mudança de comportamentos da sociedade e também o processo que já estávamos observando: um usuário (seja residencial ou corporativo) que precisa cada vez mais de uma boa largura de banda e uma baixa latência para atender suas necessidades de conectividade.

De fevereiro para junho de 2020, ainda em plena pandemia e analisando os mesmo dados da Anatel, o percentual pulou para 38,6% das conexões brasileiras, ou seja, aproximadamente 13,1 milhões de assinantes. O aumento de 2,3 mi de assinantes em apenas 4 meses deixa visível um mercado em plena expansão com a busca na melhoria de conectividade através da fibra óptica. Esse movimento é possível graças às Operadoras, mas também em grande parte pelo trabalho dos ISPs (Intenet Service Providers) que têm levado a tecnologia da fibra óptica aos lugares mais remotos do nosso país de dimensões continentais.

Difícil imaginar o que seria de todos nós se não houvesse internet nos tempos atuais. E mais do que isso, a sociedade demanda internet rápida, segura e de qualidade. Ninguém deseja que sua compra online por e-commerce seja “desviada”, nem perder uma partida de game online por lags (atraso) na rede, ou que a chamada por vídeo trave a todo momento. Mais do que nunca a internet é a única forma de aproximar as pessoas. Entretanto, o que muitos não percebem é a infraestrutura que está por trás desses anseios da sociedade. As empresas que constroem essas redes (Operadoras e ISPs) estão cada vez mais procurando soluções que maximizem sua produtividade.

Tecnologia em que só o nome é difícil

Nos últimos anos está mais presente no mercado de Telecomunicações a utilização do termo plug and play para referir-se à tecnologia preconectorizada. Nesse contexto entram as tecnologias mais inovadoras para alcançar a massificação da internet de qualidade. Se a “1ª onda” em termos de construção de redes ópticas foi através da tecnologia Fusão, e a “2ª onda” através da Conectorização, parece natural que a “3ª onda” seja com a Preconectorização. O motivo de ocorrer tal migração é porque com essa tecnologia algumas etapas críticas da construção da rede (como limpeza e montagem de conectores ópticos) ficam concentradas no processo fabril e não na mão de obra que está em campo.

A solução preconectorizada tem esse nome porque o cabo já vem conectorizado de fábrica e, as caixas onde ele será conectado são preparadas com conectores robustos, capazes de permanecer no tempo, ficando para o lado de fora das caixas e gerando muita rapidez na ativação massiva. Com isso o técnico de campo ganha produtividade, pois consegue fazer mais ativações em menos tempo. Não são necessárias tantas ferramentas e o processo de ativação de um cliente é facilitado por ser análogo à montagem de um bloco de encaixe (tipo Lego®). O técnico precisará apenas: 1) apoiar a escada no poste, 2) encaixar (plug and play) o cabo drop preconectorizado na caixa, 3) levar o cabo drop até o cliente e 4) montar o Conector de Campo no cabo drop de 1 fibra na casa do cliente. Enquanto a solução “Precon” exige apenas essas quatro etapas, as outras soluções (Fusionada e Conectorizada) demandam mais etapas e, consequentemente, mais tempo para serem realizadas.

Além do ganho em produtividade, o técnico não precisa ser um “expert” em fusão óptica e a empresa (Operadora / Provedor) não precisa disponibilizar uma máquina de fusão para cada equipe de ativação. A diminuição na quantidade de fusões de cada projeto, inclusive, diminui consideravelmente também a “terceirização” das fusões (e seu alto custo de serviço), já que a maioria das conexões entre caixas e até mesmo o drop de assinante são feitos pelo mecanismo plug and play. Mais vantagens? Sim, tem as reduções em termos de CAPEX e OPEX, já que redes preconectorizadas possibilitam um crescimento da rede conforme demanda (diminuindo os investimentos iniciais dos projetos), e uma redução de custos operacionais (fazendo com que o payback das redes seja mais rápido) na comparação com a quantidade de manutenção e retrabalho que por vezes as tecnologias fusionadas e conectorizadas exigem das empresas.

Todos esses aspectos agregam valor na operação comercial das Operadoras e Provedores, já que trazem vantagens tanto operacionais quanto financeiras. Isso leva à conclusão de que a nova “onda” do plug and play de fato veio para melhorar a operação das redes ópticas, trazendo cada vez mais facilidade e agilidade nas atividades cotidianas de quem trabalha com infraestrutura de redes de comunicação. Seja no “antigo” ou no “novo normal”, essa é uma tecnologia que vai de encontro à crescente demanda por velocidade e qualidade quando o assunto é internet e todas as suas aplicações que, se já não vivíamos sem, agora são mais do que essenciais.

Rafael Kohiyama,  especialista técnico Fibracem.

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