Aplicativo Quickmed ajuda pacientes a encontrar hospitais mais vazios

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Ir a um hospital e esperar horas por atendimento se tornou comum no Brasil. Mas um aplicativo promete informar aos pacientes, de forma colaborativa, qual unidade de saúde está mais vazia e onde a consulta pode ser mais rápida. Lançado em outubro, o Quickmed otimiza o tempo das pessoas e estimula os hospitais a atenderem de modo mais eficiente. Idealizado por Fernando Mascarenhas, Bruno Barbosa e Thiago Naves, a plataforma está em fase de implantação e cadastramento de hospitais. Mas moradores das capitais da região Sudeste já podem utilizar a ferramenta, que tem previsão de chegar a todas as capitais do Brasil até 2015.

O aplicativo, derivado da linha Quicksolutions, funciona da seguinte forma: a pessoa que deseja ir a uma unidade de pronto atendimento e atendimento de urgência (seja ela pública ou particular) poderá pesquisar na plataforma do Quickmed qual hospital está mais vazio. Assim que o usuário chegar ao local, ele também poderá atualizar os dados informando aos demais colaboradores a situação de lotação da casa. Atualmente, estão cadastrados hospitais das capitais da Região Sudeste, mas a previsão é estender a proposta para todo o país.

Como o aplicativo funciona de forma colaborativa, qualquer usuário poderá informar a situação de atendimento dos hospitais. Além disso, caso a pessoa perceba que uma unidade de saúde não está na plataforma, ela mesmo poderá fazer o cadastro. Para colaborar, basta informar o e-mail pessoal no momento da avaliação. "Por enquanto, o sistema está disponível no site www.quickmed.com.br, que pode ser acessado tanto por dispositivos móveis, quanto por computadores. Mas a ideia é que até o Natal deste ano ele seja disponibilizado também como aplicativo para download nos sistemas IOS e Android de forma gratuita", explica Thiago Naves.

Ele conta que a ideia surgiu a partir da percepção da precariedade do sistema de saúde do Brasil. "Desde que meus filhos pequenos passaram a frequentar a Escola, a ida aos hospitais também se tornaram mais frequentes e, com isso, percebo que não há uma organização nos hospitais. Muitas vezes eles estão abarrotados de pessoas, com atendimento demorado. Já em outras ocasiões eles ficam vazios, com médicos plantonistas aguardando a chegada de algum paciente. Mas essa política da 'sorte ou revés' não pode acontecer no caso da saúde", diz.

Para a implantação do sistema, os idealizadores investiram cerca de R$100 mil e o prazo para recuperar é logo no primeiro ano de funcionamento. "Estamos otimistas. Pretendemos viabilizar o projeto economicamente através de patrocínios. Além disso, vamos exportar a ideia para os países que priorizam um novo conceito de saúde para os cidadãos", afirma. Apesar dos custos, a plataforma é totalmente gratuita para os quem utilizar.

Atualmente, os usuários podem avaliar somente o grau de lotação, mas a ideia é inserir outros quesitos com o desenvolvimento do projeto. Outra expectativa dos idealizadores é criar sistemas específicos para os planos de saúde e para os Governos com o objetivo de otimizar o tempo dos pacientes e, consequentemente, dos hospitais. "Todos saem ganhando com o aplicativo. O fator tempo, no caso dos serviços de saúde, é quesito fundamental para o sucesso", afirma Thiago.

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