Com a segunda etapa do Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU) da telefonia fixa concluída em novembro, cerca de um mês antes do prazo estabelecido pela Anatel (31 de dezembro), a Telefônica agora deve intensificar o seu plano de expandir os serviços de banda larga, para o qual poderá aplicar ? considerando também modernizações na infra-estrutura ? cerca de R$ 1,7 bilhão até o fim de 2006.
A estimativa é do presidente da holding do grupo espanhol no Brasil, que durante balanço das atividades da empresa feito nesta quarta-feira (14/12) deixou claro que a aposta da operadora é a expansão da base de clientes de banda larga.
Segundo Xavier, a Telefônica deve chegar ao fim deste ano com 1,2 milhão de usuários de banda larga. Ele acredita que um dos impulsionadores do crescimento dessa base no ano que vem será a chegada da tecnologia WiMax, que permitirá que a operadora atinja áreas que hoje não são atendidas.
O executivo disse que o investimento médio anual da Telefônica gira em torno de R$ 1,5 bilhão, mas ele estima que em 2006 deverá ser um pouco maior, devido justamente ao WiMax, já que se trata de uma tecnologia nova e cujos preços não estão inseridos num modelo de escala global.
Xavier reforçou também que até o primeiro trimestre do ano que vem a operadora deve começar a oferecer serviços de voz sobre IP (VoIP) para os usuários finais. Ele disse que a Telefônica ainda não passou a oferecer o serviço devido aos cuidados com a qualidade. ?Não estamos olhando somente as vantagens da tecnologia para o usuário final, mas também a questão da qualidade. Quando tivermos isso assegurado, o serviço será oferecido", concluiu o executivo.
Em relação às metas cumpridas pela operadora, ele citou o atendimento às solicitações de instalação de linhas telefônicas em até sete dias (antes, o prazo era de duas semanas), o atendimento das localidades com mais de 300 habitantes com acesso individual (linhas fixas residenciais ou comerciais, que antes beneficiavam os locais com pelo menos 600 habitantes) e das localidades com mais de 100 habitantes com acesso coletivo (telefones públicos, que na primeira fase do PGMU deveriam existir onde havia 300 moradores).
Com as novas metas, segundo Xavier, a Telefônica passou a atender 1.834 locais com linhas fixas e telefones públicos e outros 463 apenas com telefones públicos. Desde 1998, quando o grupo Telefônica assumiu a estatal Telesp, o número de localidades atendidas foi ampliado em 150%. O número de residências e empresas com linha telefônica fixa no Estado de São Paulo subiu de 5,9 milhões para 12,4 milhões. A empresa aplicou, desde a privatização, mais de R$ 17 bilhões na duplicação e modernização da planta de telefonia.