Indústria móvel global deve investir US$ 4 trilhões em pesquisa e infraestrutura até 2020

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De 2014 a 2020, a indústria móvel mundial precisará investir US$ 4 trilhões em pesquisa, desenvolvimento e infraestrutura no mundo. Para efeito de comparação, no período de 2009 a 2013, o investimento do setor foi de US$ 1,8 trilhão. Os cálculos fazem parte de estudo realizado pelo Boston Consulting Group (BCG), divulgado nesta quinta-feira, 15. "Ao contrário de outras áreas de infraestrutura, quase todo o investimento em mobilidade provém do setor privado", comenta o autor do estudo e sócio do BCG, David Michael.

A principal demanda por investimento em infraestrutura virá da expansão da base de conexões 3G e 4G, que saltará de 3 bilhões para 8 bilhões nesse período. Parte dessa base estará não em smartphones ou tablets, mas em coisas variadas, como carros, roupas, eletrodomésticos, seguindo a tendência conhecida como "Internet das Coisas".

Ao mesmo tempo, muitos cientistas e engenheiros da indústria móvel dedicarão seu tempo para o desenvolvimento e a padronização da quinta geração de telefonia celular (5G) ao longo dos próximos anos. Segundo o levantamento, as empresas inovadoras do setor móvel destinam em média 23% da sua receita para atividades de pesquisa e desenvolvimento. O único setor que supera esse patamar é o de biotecnologia, com 27%.

PIB

O estudo analisou o impacto da indústria móvel especificamente em seis mercados: EUA, Alemanha, Coreia do Sul, Brasil, Índia e China. Somando todos eles, o setor de mobilidade gerou um PIB anual de US$ 1,2 trilhão em 2014. Dentre eles, os EUA é o país com a maior contribuição em números absolutos: US$ 548 bilhões, o que foi equivalente a 3,2% do seu PIB no ano passado. Em termos proporcionais, o recordista é a Coreia do Sul: 11% do seu PIB em 2014 veio da indústria móvel, ou US$ 143 bilhões.

O Brasil está em último lugar dentre os seis mercados analisados, tanto em números absolutos quanto percentuais: aqui a indústria móvel gerou US$ 45 bilhões em 2014, ou 1,7% do PIB. Para o cálculo, foram levados em conta consumo, investimentos privados, gastos de governo e balança comercial.

O PIB móvel nesses seis mercados tem crescido a uma média entre 10% e 20% nos últimos cinco anos, afirma o BCG.

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