O uso de redes sociais pelas empresas paulistas ainda enfrenta muita resistência entre os empresários. A constatação é de um estudo feito pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o qual revela que 83% das empresas do estado não têm cadastro em redes sociais. E entre aquelas que possuem perfil nessas redes, a opção é principalmente pelo Orkut, Twitter e Facebook.
O levantamento, para o qual foram entrevistados 500 gestores de empresas de todos os segmentos, mostra que os 17% de empresas que aderiram às redes sociais alegam que o que as levou a utilizarem as plataformas de web 2.0 foi a preocupação em estreitar o relacionamento com o cliente, seguida do acesso a novos clientes e da busca de informações de mercado.
"As instituições financeiras são as empresas que mais participam das redes sociais, contando com a adesão de 26% das companhias. Em contrapartida, o comércio varejista é o que menos faz uso da plataforma, com apenas 12% das empresas", informa Sandra Turchi, superintendente de marketing da ACSP e especialista em marketing digital.
Sandra explica que, na realidade empresarial dos dias atuais, abrir canais de comunicação com os clientes e o público é fundamental para a sobrevivência das companhias. "Se não fazem isso, o cliente vai procurar outros canais para expôr suas insatisfações", analisa. Segundo ela, o bom relacionamento com o público reflete diretamente na imagem da empresa.
A especialista observa que, com as possibilidades de segmentação que as redes sociais proporcionam, elas se tornam canais altamente propícios para realização de pesquisas de mercado, lançamento de novos produtos e afins.
Apesar de somente 17% das empresas paulistas terem aderido às redes sociais, mais da metade (51%) já procura monitorar o que é veiculado ou falado sobre elas na web. Esse monitoramente é feito diariamente em 27% dos casos e semanalmente por 41% das empresas. Entretanto, 68% admitem não responder aos comentários feitos sobre elas nas redes sociais. "Isso não é de todo ruim, pois nas redes sociais é importante ter muito cuidado e saber como agir. Não é indicado ter uma atitude invasiva. O ideal é monitorar e responder a alguma solicitação ou queixa diretamente ao cliente, fora da rede, pois muitas vezes ele mesmo retorna àquela rede para fazer elogios à atuação da empresa", finaliza Sandra.
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