Para a IBM, o futuro da TI está na supercomputação e no front office

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No cargo há pouco mais de uma semana, o presidente da IBM Brasil, Rodrigo Kede, defende a chegada de uma nova era para a TI – a era da supercomputação. O executivo aposta no surgimento de tecnologias ultra avançadas, capazes de fazer máquinas responderem em tempo real, como se fossem organismos vivos.

"A computação cognitiva vai mudar o futuro das cidades, países e sociedade", afirmou Kede durante a abertura do IBM Forum 2012 nesta quarta-feira, 15, em São Paulo. Nessa modalidade, a companhia trabalha com o supercomputador Watson, com elevadíssima capacidade de processamento, hoje utilizado nos Estados Unidos com sistemas de diagnóstico médico. Segundo ele, a área possui um índice de erro de mais de 50%, denotando a necessidade de auxílio de tecnologia.

Para Kede, os últimos 15 anos foram marcados pela implementação de sistema de back office, com foco em softwares ERP e integração de operações a fim de garantir a agilidade dos negócios e corte de gastos. "Por isso até então o CIO trabalhou ao lado do CFO", justifica. Para o futuro, ele vê um momento de transição, com os próximos anos focados no front office.

Ou seja, quem conseguir usar informação para tomar decisões irá atingir crescimento. "Isso é um jargão velho, mas me refiro a muito além do que estamos acostumados. Estou falando em análise preditiva, big data, cruzamento de informações. Agora é o momento da equipe de vendas e marketing, para detectar demandas antes que elas apareçam", explica.

Brasil

O país é o segundo maior mercado dentre o segmento de emergentes da IBM, atrás apenas da China. De acordo com a estratégia da IBM divulgada no início do ano, o objetivo é que estas regiões respondam por 30% do faturamento global da companhia nos próximos três anos. O primeiro apoio de foco brasileiro é aproveitar os investimentos da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016.

"Quanto aos prazos e problemas nos eventos, estou certo que serão de infraestrutura física, pois quanto à tecnologia, daqui a dois anos não estaremos atrás do que Londres trouxe na Olimpíada neste ano", estima. Ele reconhece o estágio inicial de adoção de tecnologia pelo setor público brasileiro e o até mesmo certo desconhecimento de executivos sobre as últimas tendências da TI, como big data e computação em nuvem. "Acredito, contudo, que os próximos anos serão marcados por uma aceleração na adoção de tecnologia e um processo rápido de maturação de mercado", espera. Ele vê o Brasil preparado para assumir grandes projetos, aproveitando os conhecimentos de testes realizados na Europa e nos Estados Unidos.

Outro ponto crucial, definido por Kede como "grande desafio", é a consolidação da IBM como fornecedora de soluções também para pequenas e médias empresas (PMEs). "O Brasil é feito de PMEs. Hoje, possuímos filiais em 38 cidades, o que comprova nossa atenção para o segmento", justifica. O executivo nega a existência de processos burocráticos, inviabilizando que a atuação com clientes desse porte seja diretamente ou via canais. "Possuímos uma gestão consistente e conservadora, que garante nossa solidez há 100 anos no mercado mundial", explica.

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