O diretor substituto de contraterrorismo da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), José Carlos Martins da Cunha, garantiu durante audiência na CPI dos Crimes Cibernéticos da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira, 15, que o órgão trabalha diariamente para combater o terrorismo cibernético, inclusive o recrutamento de brasileiros por grupos extremistas.
José Carlos informou que o Brasil reconhece a existência de três grupos terroristas: Al Qaeda, Talibã e o Estado Islâmico, mas grupos como o Boco Haram e Hamas também são monitorados por meio da sua atuação nas redes sociais. Ele admite, entretanto, que o combate a crimes na internet é muito difícil e que a possibilidade de recrutamento existe.
"Até agora descobrimos apenas jovens se encantando com essa possibilidade de integrar o Estado Islâmico, mas nenhuma célula terrorista foi identificada. Mas, infelizmente, a gente não pode achar ou acreditar que nós não temos nenhuma ameaça. O trabalho que está sendo feito está sendo bem feito. Então, eu acredito que a gente está seguro e estaremos seguros também nas Olimpíadas, mas não podemos arrefecer nessa investida no combate ao terrorismo no Brasil".
O deputado Leo de Brito (PT-AC) afirmou que as declarações do representante da Abin deixam claro que o país está combatendo o terrorismo cibernético. Ele defende uma ação integrada entre a agência de inteligência e as polícias no combate ao terrorismo, principalmente durante as Olimpíadas de 2016. Com informações da Agência Câmara.