O Banco ABC Brasil está ampliando seus programas de inovação tecnológica e criou, este ano, o Startek, para facilitar a conexão com startups que ofereçam projetos de importância para a instituição. A iniciativa visa solucionar desafios internos do ABC ou que sejam do interesse dos clientes do Banco e buscar novas oportunidades de negócios por meio do desenvolvimento de projetos e soluções digitais.
Para esta primeira edição, os desafios foram baseados em três horizontes de negócios: now (curto prazo), focado na melhoria de processos ou de produtos já existentes, e buscará soluções que auxiliem na gestão dos processos internos; next (médio prazo), com foco na criação de novos produtos, especialmente relacionados ao Open Banking, e new (longo prazo), visando a exploração e a experimentação de novos modelos de negócios, com foco especial no tema de tokenização de ativos. Já foram selecionadas três startups, uma para cada horizonte, que agora vão detalhar suas propostas e realizar POCs (provas de conceito) com o banco.
Este é mais um passo do ABC em relação à sua transformação digital, uma das principais iniciativas da instituição financeira nos últimos anos para se tornar o primeiro banco de escolha das médias e grandes empresas do Brasil. Pedro Begotti, Superintendente de Novos Negócios do Banco ABC Brasil, comenta que "a iniciativa se une a um leque de movimentos para transformar a organização por meio de negócios digitais e de acordos que permitam um crescimento exponencial do banco a médio prazo".
De acordo com ele, a conexão com o mundo empreendedor digital aproxima a tradicional instituição financeira às startups mais promissoras, de forma que ambas se fortaleçam e cresçam juntas. "É um caminho para potencializar os negócios dos dois lados: banco e startup", afirma Begotti.
Frentes de Open Innovation
Recentemente, o Banco ABC lançou uma LegalTech focada na compra de de precatórios, a Celeris Precatórios. "Estamos em um ritmo muito forte nas frentes de Open Innovation e intraempreendedorismo, no qual estamos estruturados como uma venture builder onde criamos novos produtos e fontes de receita para o Banco, que posteriormente podem até se tornar novas unidades de negócio (como a Celeris Precatórios)", explica Fábio Neufeld, Head de Corporate Venture e Soluções para Fintechs do Banco.
"Naturalmente, este processo modelará e cocriará soluções com parceiros digitais, de qualquer segmento. Não vamos desviar o foco do banco do nosso core, mas teremos um portfólio mais amplo de soluções construídas com total integração com o que o mercado demanda", complementa Fábio.
Segundo os executivos do Banco ABC, este ano reserva grandes lançamentos em parcerias com empresas digitais, tais como uma linha de crédito para capital de giro a vendedores de marketplaces, soluções de Lending e Bank as a Service e soluções financeiras embutidas em ERPs e outros softwares de gestão empresarial.