A importância da nuvem de talentos para a democratização do trabalho remoto no mercado de TI

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Depois de quase dois anos de pandemia, as empresas estão percebendo os benefícios do trabalho remoto. Muitas têm anunciado que seguirão com seus funcionários em casa mesmo após o fim do isolamento e que não é mais preciso estar na mesma cidade para trabalhar nelas. Gigantes da tecnologia, os conglomerados industriais, as multinacionais, muitas estão incentivadas pelo remote-first, termo que reforça a importância e vantagem do trabalho remoto e sem fronteira. 

Esse conceito também ajuda novas empresas a crescerem no mercado com um perfil totalmente diferente, como o de trabalhar apenas com pessoas remotamente, sem escritório, sem local fixo, apenas pessoas distribuídas ao redor do mundo conectadas pela internet. E utilizando dessa premissa, essas empresas ajudam outras a fazerem o mesmo, conectando as pessoas mais interessadas nessa forma de trabalho a elas. 

Na área de TI, o trabalho remoto não é algo tão novo, mas ainda assim impulsiona as transformações no setor. Com o seu avanço, diversas categorias são beneficiadas, já que algumas são extremamente concorridas. O universo de desenvolvedores é um deles. Creio que muitos profissionais já se deparam com anúncios de vagas que pediam por pessoas da mesma região da empresa, ou há quem nunca teve acesso às vagas de trabalho de empresas importantes. Outra característica comum para quem trabalha com tecnologia é o plano de entrar em empresas emblemáticas para dar um salto na carreira, como as que estão localizadas no Vale do Silício. 

Com a ascensão do trabalho remoto, as oportunidades ficaram mais visíveis devido ao surgimento de nuvens de talentos focadas em profissionais de TI, justamente para acabar com as barreiras deste setor. Uma nuvem de talentos, como o próprio nome diz, é uma ferramenta utilizada na nuvem que contém uma base de dados atualizados sobre profissionais de determinada área, suas habilidades, localização, salários, e todas as informações que uma empresa precisa para contratá-los. É lá onde esses profissionais consultam todas as informações das vagas disponíveis globalmente. Além de ser a ferramenta utilizada para realizar testes e passar pelos processos seletivos, ela também possui conteúdos para ajudá-los a se desenvolverem em suas carreiras como cursos, palestras, testes e outros tipos de informações para capacitação. Empresas do Vale do Silício e outras grandes cidades dos Estados Unidos passaram a buscar desenvolvedores em todo o mundo utilizando plataformas que usam Inteligência Artificial para localizar profissionais, avaliar, empregar e gerenciar esses talentos em todo o mundo. 

Por meio delas, milhões de desenvolvedores em centenas de países são encontrados, representando uma ampla variedade de tipos de trabalho, como aqueles especializados em full-stack, front end, back end, móvel, IA, ciência de dados, DevOps e muito mais. Para quem está procurando oportunidades na área, essas nuvens hospedam desenvolvedores altamente qualificados, capazes de trabalhar com centenas de tecnologias diferentes, como React, Node, Angular, Python, Java e C sharp. Nelas, são oferecidas vagas para quem deseja construir uma carreira enquanto está remoto, sendo uma oportunidade para aprender e progredir. Essas vagas oferecem também a tão sonhada flexibilidade, comum no universo do trabalho remoto, enquanto esses profissionais resolvem problemas críticos de engenharia, se desenvolvendo com as melhores empresas do mundo. 

Mas, como elas funcionam? Primeiro, os engenheiros são avaliados e qualificados para fechar verdadeiras parcerias com grandes empresas ao redor do mundo. O mecanismo de verificação de seu perfil é avançado e usa diversas tecnologias, criando um documento bem detalhado sobre cada profissional. Assim, os desenvolvedores são avaliados quanto às habilidades técnicas, como fundamentos de CS, design de sistemas, habilidades específicas, como codificação, ou softskills, como proficiência em comunicação e liderança. Eles também são automaticamente avaliados pelo nível de senioridade.  Nessas nuvens, os perfis dos desenvolvedores são tão detalhados e profundos que possuem uma eficácia maior em relação ao típico perfil no LinkedIn. Assim, o desenvolvedor realmente encontra vagas que tenham a ver com o seu perfil. 

Esse mecanismo funciona como aqueles matches conhecidos em sites de relacionamento. Por meio de Machine Learning e IA, ele consegue analisar os algoritmos, dados completos e profundos sobre os requisitos do profissional e buscar as características mais adequadas para os projetos, já que as informações sobre as vagas também são bem mais detalhadas do que o de costume. Assim, a ferramenta pondera os diferentes perfis e vagas para encontrar a melhor correspondência que garanta sucesso para o desenvolvedor e a empresa que o contrata. 

Temos certeza que, no mundo, há um número bem significativo de engenheiros. E para que ocorra uma verdadeira democratização e acessibilidade para esses profissionais de todos os níveis e locais, a nuvem de talentos amplia o raio de recrutamento para além de regiões extremamente concorridas na área de TI, facilitando para o desenvolvedor encontrar um trabalho com boa remuneração e, para a empresa, encontrar um profissional que esteja empenhado em permanecer.  

Certamente as nuvens de talentos são tendências que contribuirão para um futuro com mais oportunidades distribuídas, a fim de um único objetivo: pessoas se desenvolvendo e criando produtos e serviços para ajudar a vida de outras pessoas. Por isso, essas nuvens devem se expandir para diversos outros segmentos do mercado, já que elas simplificam muitos dos aspectos desafiadores do dimensionamento de uma empresa ou de seu crescimento. E isso tudo acontece porque o mundo já reconheceu que o remote-first é altamente vantajoso e positivo. Essa mudança é boa para as empresas, para o planeta e para as pessoas. Quando a localização é separada da oportunidade, todos ganham. O planeta ganha quando menos pessoas se deslocam para o trabalho, reduzindo as emissões. As empresas ganham quando seus custos indiretos, incluindo aluguéis de escritórios e salários, são reduzidos. As pessoas ganham porque o lugar onde moram não determina as oportunidades a que têm acesso. 

Você não precisa morar no Vale do Silício para fazer parte do Vale do Silício. Com essa mudança, o mundo ganha porque agora somos capazes de construirmos juntos novas oportunidades para o nosso próprio crescimento.

Jonathan Siddharth, CEO da Turing.

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