As vendas de equipamentos de impressão registraram queda de 11,9% no ano passado no Brasil, quando foram comercializadas 3,2 milhões de unidades, segundo dados da IDC Brasil. Em receitas oriundas de vendas, foi gerado o montante de US$ 804,6 milhões, resultado 18.4% inferior ao obtido em 2013.
A redução de demanda atingiu tanto a tecnologia jato de tinta (que atualmente representa 73.1% do total de vendas), como a tecnologia laser (26.9% das vendas) no ano. Segundo a consultoria, os resultados de ambas as tecnologias são altamente influenciados pelos volumes de vendas dos equipamentos de menor porte, que em decorrência de suas especificações técnicas e precificação, são em sua maioria endereçados à demanda de usuários domésticos, profissionais liberais e pequenas empresas – neste nicho de mercado houve a maior queda em volumes de vendas.
Segundo Diego Silva, analista de mercado da IDC Brasil, além de eventos como carnaval, copa do mundo, eleições presidenciais e explosão cambial, no último trimestre, houve relevantes ajustes de preços e alterações de estratégias por parte de alguns fabricantes no segundo semestre de 2014. "A soma de todas essas variáveis contribuiu diretamente para a desaceleração dos resultados do mercado", afirma o analista.
O relatório salienta ainda que, no segmento corporativo, as inovações estão voltadas ao aperfeiçoamento, otimização e ampliação dos serviços gerenciados de impressão: além da impressão em si, também a oferta da gestão eletrônica de documentos é um dos focos de atuação dos fabricantes. Já no ambiente doméstico, a operação tradicional voltada à venda de "hardware+suprimentos" passa por inovações tecnológicas, que visam a possibilidade de satisfação da demanda e geração de retornos financeiros saudáveis aos fabricantes.