O investimento de US$ 100 milhões em cinco anos na operação brasileira anunciado pela EMC esta semana já engloba os recursos necessários para transformar o país num polo de exportação de equipamentos para os países do Cone Sul. Mas o projeto foi momentaneamente adiado em razão do aquecimento do mercado interno e da sobrevalorização do real frente ao dólar.
A informação é do presidente da EMC Brasil, Carlos Cunha, ao dizer que, além da construção do centro de pesquisa e desenvolvimento no Rio de Janeiro – classificado como muito importante para a operação da companhia no país –, os recursos também serão aplicados na expansão da fábrica para suportar a demanda do mercado interno.
A ideia, segundo ele, após a demanda atingir o equilíbrio, é passar a exportar os produtos para os países vizinhos. "O projeto continua nos planos da companhia para o período entre 2011 e 2013, mas primeiro precisamos atender a forte demanda interna, que consumiu parte da fabricação que seria exportada para os países do Cone Sul", explica o executivo.
No futuro, Cunha diz sonhar em exportar as soluções fabricadas no Brasil para a África, região que atualmente é atendida pela fábrica da companhia na Irlanda. Para isso, diz ele, será necessário primeiro a elaboração de um plano de negócios para apresentar à diretoria global e mostrar que a iniciativa culminará em importantes reduções de custos com logística. "Essa é uma ideia futura, mas temos de provar que gera um importante retorno sobre o investimento", concluiu o executivo, frisando que para isso seriam necessários novos investimentos na fábrica brasileira.
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