Conforme este noticiário antecipou na terça-feira, 15, os rumores de que a Microsoft estaria planejando sua maior rodada de demissões dos últimos cinco anos se confirmaram. O CEO da companhia, Satya Nadella, enviou nova carta aos funcionários na manhã desta quinta-feira, 17, informando-os que 18 mil postos de trabalho serão extintos no próximo ano. O executivo explica que a medida visa a simplificação do trabalho, bem como a integração e alinhamento estratégico da divisão de celulares da Nokia, adquirida em setembro passado.
Distribuído por e-mail, o texto de Nadella detalha que, do total de cortes previstos para todos os mercados nos quais a Microsoft opera no mundo, "o trabalho em direção a sinergias e alinhamento estratégico da Nokia deve representar cerca de 12,5 mil postos de trabalho, entre profissionais e trabalhadores de fábrica".
A empresa começará reduzindo 13 mil empregos, e a vasta maioria dos trabalhadores cujos postos serão eliminados serão notificados nos próximos seis meses. Nadella ainda ressalta que todos passarão por esse processo "da forma mais cuidadosa e transparente possível" e que será oferecida indenização a todos os empregados afetados pelas mudanças, bem como terão auxílio nessa transição em todos os locais.
A reestruturação é a maior da história da companhia, superando os 5,8 mil postos de trabalho cortados em 2009. Na semana passada, Nadella circulou outra carta aos empregados, na qual adiantou que a Microsoft iria adotar nova direção estratégica e que a cultura corporativa teria de mudar profundamente para que ela possa ser colocada em prática, sem comentar sobre as possíveis demissões.
Cortes no Brasil
Procurada pela reportagem de TI INSIDE Online, a subsidiária da Microsoft no Brasil confirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o anúncio de demissões também afetará a operação brasileira, sem revelar, porém, o número de empregados que serão demitidos.
"O plano de reestruturação da Microsoft é uma ação global. O anúncio feito hoje por Satya Nadella reforça os planos da companhia para simplificar operações e alinhar a aquisição do negócio de dispositivos móveis e serviços da Nokia à estratégia global da corporação", diz o comunicado enviado à TI INSIDE.