CA minimiza impacto da crise e volta foco para áreas emergentes

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Mesmo com o aprofundamento da crise financeira mundial, que certamente vai atingir as empresas latino-americanas, inclusive as companhias brasileiras, a CA mantém previsão de continuar crescendo acima da média do mercado global de TI. A afirmação é de Kenneth Arredondo, vice-presidente sênior para a América Latina, em entrevista à imprensa, pouco antes da abertura oficial do CA World, evento que ocorre até a próxima quinta-feira, 20, em Las Vegas (EUA). A estimativa do executivo tem como base o fato de que, enquanto o mercado mundial de TI cresceu 5,7% em 2008, a CA registrou expansão de 13,5% e estima manter-se numa faixa de crescimento acima de 12% nos próximos dois anos.
O CEO da companhia, John Swainson, corroborou as expectativas otimistas e garantiu que a empresa sairá mais fortalecida da crise financeira internacional, ao contrário de muitas empresas do mercado de TI, que, segundo ele, vão desaparecer ou serão compradas. Para o executivo, a fase mais aguda da crise já passou e a situação atual representa uma grande oportunidade de negócios para a companhia. "O momento é de incertezas, sem dúvida, mas a CA sobreviverá à crise. Precisamos tomar as decisões corretas para nos preparar para o futuro, afirmou.
Em seu discurso, durante a abertura do evento, Swainson fez um relato exaustivo das diversas tecnologias desenvolvidas pela empresa e que podem ajudar as corporações mundiais a serem mais competitivas e a reduzir seus custos. Entre elas, citou inúmeras vezes a tecnologia de virtualização, SOA, cloud computing, as redes de alta velocidade e as redes sociais corporativas. Ele avalia que essas tecnologias podem contribuir para atender às principais preocupações dos CIOs nos dias atuais, que são redução de custos e busca de mais qualidade e agilidade das informações.
De acordo com o executivo, o Brasil é o país da América Latina mais bem preparado para enfrentar a crise financeira internacional por conta das reformas e políticas fiscais implantadas nos últimos anos, para quem ela poderá afetar os países latino-americanos de diferentes maneiras. "A Argentina nos preocupa bastante porque é um território do FMI e pode ter problemas de crédito, assim como Chile e Colômbia. O México ainda é uma dúvida. As taxas de crescimento dos países da América Latina certamente serão afetadas, mas, de qualquer, a região terá uma expansão ao menos de 1% a 2% por ano", afirmou.
Swainson se disse tranqüilo quanto ao futuro da companhia por atuar no mercado de tecnologia da informação. "Não se pode pensar em nenhuma estratégia de negócios que não envolva TI, uma vez que as empresas precisam controlar custos e aumentar eficiência, e não se pode fazer isso sem tecnologia. Portanto, somos otimistas. Como as empresas vão usar mais TI, vão precisar de soluções de gerenciamento, área onde somos especialistas e lideres", disse ele. Na avaliação dele, não há a menor possibilidade de o mercado de software corporativo encolher substancialmente, apesar das taxas menores de crescimento.
O CEO observa que a crise enfrentada pela CA alguns anos atrás ajudou a empresa a se tornar mais eficiente e produtiva. "Isso nos posiciona hoje muito bem. E nosso modelo de vendas direta junto com o canal vem avançando com muita eficiência na América Latina", concluiu Swainson.
Novas oportunidades
Para Eduardo Schvinger, vice-presidente de vendas técnicas da CA para a América Latina, as soluções de gerenciamento de risco e de infra-estrutura de TI, que operam sob o guarda-chuva chamado EITM (sigla de Enterprise IT Managment) são hoje uma necessidade incontestável, assim como é hoje o telefone para qualquer empresa. "Hoje, não se pode imaginar que uma empresa possa funcionar sem telefone. Da mesma forma, nossas soluções vão continuar sendo necessárias, mesmo para empresas em processo de consolidação ou fusão de suas operações. Ou seja, vão surgir oportunidades para a CA oferecer seus produtos, que podem proporcionar mais performance às aplicações de negócios criticas das empresas", diz Schvinger. "Esse tipo de oportunidade que nós vemos com essa crise também vai ter desdobramentos interessantes para empresas que, isoladamente, não percebiam o novo cenário", indica.
Na explanação que fez aos jornalistas, Arredondo informou que a CA vai concentrar o foco cada vez mais nas áreas emergentes de negócio – governança corporativa, gerenciamento e segurança, que vem tendo um crescimento muito forte nos resultados da companhia. Trata-se de áreas nas quais vêm sofrendo forte pressão de grandes competidores, como Borland, HP e IBM, mas que, segundo ele, têm apenas soluções pontuais, diferente da CA "que possui sistemas de ponta a ponta". "As empresas estão preocupadas com a crise, o cenário é complexo e para serem mais competitivos os clientes procuram soluções que lhes garantam eficiência. A CA consegue fazer a troca de soluções pontuais por uma plataforma completa que consegue reduzir custo e garantir vantagem estratégica. Sem isso, fica mais difícil ainda sobreviver em meio à crise", disse Arredondo.
O jornalista viajou a Las Vegas a convite da CA.

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