A IT Deusto, empresa espanhola de TI, decidiu mudar o nome para Oesía com o intuito de se tornar uma marca global. E o primeiro passo para competir no mercado internacional será a expansão de seus negócios no Brasil e na América Latina, especialmente por meio da aquisição de empresas.
Atualmente, a Oesía está presente na Colômbia, onde mantém um escritório e uma fábrica de software, e no Brasil, que já representa 10% do faturamento total do grupo. "Nossa meta é expandir a nossa atuação na América Latina e transformar o Brasil, pelo potencial que tem, no principal mercado da região. Queremos aumentar a participação do nosso faturamento fora da Espanha e o mercado latino-americano é uma aposta bastante firme por parte da empresa", comenta Alejandro Gómez Gil, diretor geral da Oesía no Brasil.
Para o projeto de expansão, a empresa espanhola obteve uma ampliação de capital de 42 milhões de euros (o equivalente a US$ 52,9 milhões). Os aportes de capital serão, em grande parte, realizados pelos investidores. Hoje, 60% da empresa é controlada por instituições financeiras, como a Caja Castilla la Mancha, Caja Granada, Cajasol, Caja de Burgos e CAI (Caja de Ahorros de Inmaculada), e o restante distribuídos entre empresas e investidores pessoais.
De acordo com o diretor de telecom e utilities da Oesía, Fernando Jiménez Herreroz, grande parte do montante será utilizada para realizar aquisições na América Latina. O executivo adiantou que a companhia realizará uma nova ampliação de capital no ano que vem para manter a agressividade nas aquisições, mas sem revelar a cifra. Além de expandir a atuação no Brasil, a empresa tem a meta de ingressar nos mercados da Argentina, México e Cuba.
Como prioridade para o Brasil, a Oesía vai buscar a aquisição de médias empresas e de uma fábrica de software. O plano da empresa é de ao menos dobrar o número de profissionais até o ano que vem no Brasil, que atualmente conta com 75 empregados. "Estamos olhando atentamente para boas oportunidades como fábricas de software em salvador, Curitiba e Porto Alegre", revela Gil.
A companhia definiu quatro áreas prioritárias para a atuar na América Latina: mobilidade, outsourcing, segurança TI e desenvolvimento de software. "Mas isso não significa que não podemos trazer outras soluções do nosso portifólio, como BI e ERP. Vai depender da demanda do mercado", analisa Gil.
Com a expansão na América Latina, a Oesía espera passar doa atuais 300 empregados na região, para cerca de 5 mil em cinco anos. Com atuação mais forte na região, a empresa espera quintuplicar os resultados mundiais. "Pretendemos ser um player global orientado à América Latina. Estamos construindo a marca para ser uma das principais empresas de TI da região", finaliza Gil.
- Expansão agressiva