A participação do iPhone, da Apple, no mercado de smartphones chegará ao pico de 22% neste ano, mas, depois disso, deve se manter nesse partamar até 2018, sem crescimento, de acordo com estudo realizado pela ABI Research.
Segundo a consultoria, os smartphones responderão por metade de todas as remessas de handsets em 2014, fazendo com que essa categoria de celular se torne o maior segmento do mundo. Em 2018, as remessas de handsets devem atingir 2,4 bilhões de unidades, dos quais 69% serão smartphones. Os aparelhos com conexão de quarta geração (LTE, sigla para long term evolution) respoderão por 35% dos embarques mundiais e 50% dos smartphones.
“Exceto por um improvável colapso no negócio da Samsung, até mesmo a Apple deve perder para a tecnologia e software da fabricante coreana neste ano e num futuro próximo”, estima o analista sênior da ABI Research, Michael Morgan. De 2010 até agora, a Samsung saltou de 8% para mais de 30% em participação de mercado. A Apple também teve elevação de market share, mas a perspectiva é que ele fique estagnado neste ano.
De acordo com a consultoria, a expansão da Samsung está atrelada ao sucesso do Android, do qual é hoje é a principal fabricante global de smartphones usuária do sistema operacional do Google — o Android hoje repesenta 90% das remessas de aparelhos da marca. Em razão disso, a companhia coreana deve exercer forte influência no cenário futuro dos sistemas operacionais para smartphones, que, além do Android, terá também os sistemas Bada, Tizen e Windows Phone.
Assim como aconteceu com os fabricantes de celulares para redes 3G, que concentraram foco no Android, a ABI aposta que deverá ocorrer o mesmo com as redes LTE, ou 4G. “Com o lançamento do iPhone e outros concorrentes com LTE de outros fabricantes, os smartphones 4G serão encontrados nas mãos de consumidores que sequer têm acesso a redes LTE”, completa o diretor sênior da ABI Research, Jeff Orr.
A consultoria prevê também que o aumento nas remessas de smartphones será puxado pelo crescimento rápido da oferta de aparelhos de baixo custo. Segundo estima a ABI, esses modelos custarão em torno de US$ 250 e responderão por 62% das remessas de smartphones em 2018.