BearingPoint pede concordata nos Estados Unidos

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A consultoria de gestão e tecnologia BearingPoint anunciou nesta quarta-feira, 18, que entrou com pedido de proteção judicial contra falência, com base no Chapter 11, lei americana que estabelece as condições para reestruturação de empresas em grave crise financeira. A empresa afirmou que fechou acordo com credores para reduzir sua dívida e melhorar a sua estrutura de capital. O pedido foi feito na Corte do Distrito Sul de Nova York. Segundo a companhia, as suas operações fora dos Estados Unidos, como a do Brasil, não estão incluídas na concordata, nem serão afetadas.
Ela adiantou ainda que pretende continuar as suas operações de forma normal, por meio do processo de reestruturação financeira, e garantiu que os serviços aos seus clientes ao redor do mundo não correm o risco de ser interrompidos.
A BearingPoint começou como braço de consultoria da KPMG, que depois passou por problemas contábeis e investigação das autoridades regulatórias dos EUA. Segundo observadores do mercado ela vinha sendo pressionada por uma dívida elevada, decorrente das aquisições realizadas entre 1999 e 2002. Além disso, conforme consta nos documentos entregues à Justiça, clientes novos e antigos começaram a evitar fazer negócios com a empresa diante de preocupações sobre sua capacidade de cumprir compromissos.
A decisão de entrar com o pedido de concordata, segundo a consultoria, foi feita após uma exaustiva revisão das alternativas. E optou por isso porque, além de reduzir significativamente a dívida, o processo resolve, no curto prazo, as questões relativas às obrigações pecuniárias com os titulares de algumas das debêntures da companhia, bem como evita que tenha de pagar imediatamente todas as dívidas caso suas ações fossem retiradas da Bolsa de Nova York.

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