Estudo realizado pela KPMG Internacional revelou que quase 50% das empresas consultadas opta pela adesão à computação em nuvem principalmente pela diminuição de custos que a plataforma pode oferecer, isto porque a maioria acredita que essa ferramenta gera dinamismo entre as relações das diversas interfaces que envolvem o cenário dos negócios.
Essa é uma das conclusões do relatório "Alavancando os negócios com a Nuvem" (em inglês, Elevating Business in the Cloud), realizado a partir de entrevistas com cerca de 500 executivos globais, incluindo o Brasil, de diversos segmentos, que aponta que os empresários ao redor do mundo estão cada vez mais adeptos ao armazenamento de dados na nuvem.
Além disso, muitos dos respondentes acreditam que a nuvem é uma oportunidade para expressivos avanços e transformações nas organizações. Dentre as melhorias resultantes do uso da nuvem, 42% dos entrevistados acreditam que há melhoria em termos de flexibilidade e mobilidade para suas equipes de trabalho, e 37% vê uma melhoria no alinhamento e interação com clientes, fornecedores e parceiros comerciais.
"Outros importantes fatores afirmam a efetividade da plataforma no que diz respeito à flexibilidade e mobilidade em suas empresas, visto que 54% entendem que houve aumento na produtividade de seus funcionários e 48% afirmam ter maior satisfação e flexibilidade em suas atividades após o início da utilização da nuvem na rotina organizacional", afirma o diretor de consultoria de risco da KPMG no Brasil, Rodrigo Gonzalez.
Se comparado aos resultados obtidos em 2012, as expectativas dos executivos modificaram-se notavelmente. Na edição passada, apenas 15% via o uso da computação em nuvem como facilitador, no entanto, no último levantamento essa perspectiva triplicou, demonstrando que de fato os colaboradores já enxergam a plataforma como uma forma de propiciar flexibilidade e mobilidade para suas tarefas.
"Paralelamente, o alinhamento e a autonomia nas relações entre os funcionários, clientes, fornecedores e outras partes relacionadas têm ganhado a atenção dentro das organizações. A nuvem, portanto, está sendo utilizada para transformar essas interações à medida que o surgimento de clientes com conhecimento prático do mundo digital exige que as organizações adotem novas abordagens e ferramentas para comunicação com os atuais e potenciais clientes", ressalta Gonzalez.
Segurança da informação
Na contramão dos inúmeros benefícios gerados pelo uso da nuvem, 53% dos respondentes da pesquisa encaram a perda de dados e os riscos à privacidade como o desafio mais significativo na realização de negócios, e 50% preocupam-se com o risco de roubo de propriedade intelectual. Ainda que com alto percentual, os resultados da atual pesquisa demonstram que o empresariado sente-se menos inseguro que em 2012, quando 83% acreditavam em risco de perdas de dados e de baixa privacidade e 78% preocupavam-se com roubo de propriedade intelectual.
"A segurança continua sendo um desafio complexo a ser enfrentado, mas os que adotaram a nuvem consideram que estão mais bem preparados agora para tornar seus dados seguros, assim como gerenciar violações quando elas ocorrerem. Os dados que nós obtivemos mostram uma clara tendência de que os líderes globais ainda estão dispostos a aderir ao potencial transformador da nuvem", completa o diretor da KPMG.
Sobre o estudo
A pesquisa coletou dados de um total de 539 respondentes do setor farmacêutico, de serviços financeiros, saúde e mídia. Todos os participantes eram diretores-financeiros, diretores-executivos ou diretores/líderes de TI nas respectivas empresas. Eram originários dos Estados Unidos, Canadá, Austrália, China, Índia, Japão, França, Alemanha, Reino Unido e Brasil.