Frete grátis: vantagem ou desvantagem para o e-commerce?

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Oferecer frete grátis na compra de um produto online pode parecer uma boa estratégia com o objetivo de atrair novos consumidores e efetivar vendas. No entanto, poucos se dão conta de que, para isso, é fundamental fazer um planejamento financeiro minucioso para evitar prejuízos, já que o intuito de qualquer empresa é alavancar os negócios e não ficar no vermelho.

Primeiro, é importante lembrar que, na maioria dos casos, oferecer entregas gratuitas implica em abrir mão de uma parte da margem de lucro da empresa. Dessa forma, o varejista precisa saber se o negócio consegue sobreviver sem esse percentual. De toda forma, o cálculo da precificação do frete é o que vai definir se a isenção da taxa é vantajosa ou não.

A pesquisa Webshoppers 2016, divulgada pela Ebit/Buscapé, mostrou que desde 2014 houve uma diminuição na oferta de frete grátis. O estudo também apontou que em 2015, 40% das vendas pela internet foram feitas sem a cobrança da taxa. Outra pesquisa, realizada em 2015 pela ComScore e patrocinada pela UPS com e-consumidores de todo mundo, revelou que, em 58% dos casos, os internautas abandonam o carrinho após notar que o frete tornou o custo total da compra maior do que se esperava pagar. Algo muito comum de ouvirmos falar, não é mesmo?

Para definir a melhor política de frete e evitar perdas em sua loja virtual, é importante avaliar quais são os momentos indicados para aplicar campanhas de isenção da taxa e definir quando – e se – elas realmente são fundamentais para a decisão de compra do consumidor. A análise do volume de vendas, o ticket médio da loja, os juros negociados e os valores acordados com as soluções de logística podem ser decisivos para que uma campanha de frete grátis funcione.

Para calcular as taxas do frete, o e-commerce precisa fazer uma divisão por tipo de serviço: Expreso ou Normal, separar faixas de peso, região e acrescentar o adicional por peso excedido. Além disso, verificar os grupos de tarifa: se a transportadora atende diretamente ou por redespacho, checar as taxas de seguro, de gerenciamento de riscos (GRIS), o limite para valor declarado, as regras e taxas de reentrega, as taxas para devolução e de coleta, o fator de cubagem e os impostos. É trabalhoso, pois são vários os detalhes para uma precificação adequada, mas o resultado final vale a pena.

Outra estratégia que pode auxiliar o varejista a reduzir os custos com as taxas de fretes é fazendo a terceirização do serviço com logísticas especializadas no fulfillment e distribuição, que podem auxiliar no planejamento e gestão do seu e-commerce. Iniciativas como essas podem ajudar o seu e-commerce a transformar uma dor de cabeça em potencial de negócios e fidelização dos clientes.

Douglas Carvalho, diretor de operações da Mandaê.

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