O comércio varejista em geral deverá investir cerca de R$ 1 bilhão no ano que vem para aquisição ou adequação às novas exigências fiscais no país, em decorrência da implantação da nota fiscal eletrônica ao consumidor (NFC-e). A estimativa é da Associação Brasileira de Automação Comercial (Afrac), que usa como base uma pesquisa realizada pelo IHL Group, instituto internacional de pesquisas em varejo e tecnologia.
O relatório do IHL aponta que atualmente existem cerca de 2,2 milhões pontos-de-venda formais no Brasil com características que favorecem a adoção da NFC-e ao longo dos próximos anos. O estudo calcula um investimento médio da ordem de R$ 2,5 mil para que um varejista nessas condições seja capaz de aderir à nova tecnologia, o que chegaria à casa de R$ 1 bilhão apenas no primeiro ano, considerando que a adesão dos estados e dos varejistas será gradual.
Segundo Paulo Eduardo Guimarães, vice-presidente de marketing e relações internacionais da Afrac, o cálculo inclui, em sua maioria, varejistas que já possuem o emissor de cupom fiscal (ECF) e precisarão trocar a tecnologia. "O Brasil está passando por uma grande transição na forma como repassa as informações fiscais ao governo e isso irá aquecer o mercado de automação comercial", avalia.
Com a NFC-e não será mais necessário o uso de impressora e papel especial, como no ECF, já que a nota fiscal é emitida eletronicamente. O varejista poderá enviar a nota para o e-mail do consumidor ou mandar imprimir em uma impressora comum. Serão necessários, além da impressora, a aquisição de um certificado digital para emissão dos arquivos e de um programa gerador de NFC-e, além de acesso contínuo a internet para o envio automático da nota fiscal ao governo.
Não está incompleta essa noticia?
Não será compulsório o uso do S@T como contingencia da NFCe,quando o E.C. estiver desprovido de internete? Obrigado. Aguardo o pronunciamento de voces.
Boa tarde,
A obrigatoriedade do SAT como contingencia da NFC-e é somente para o estado de SP. Para os demais estados que estão permitindo a NFC-e poderá ser utilizado o modo de contingencia Off line.
A NFCE éum prato cheio para a fraude e a sonegação no varejo. A facilidade de edição, criação, alteração de documento auxiliar, impossível no ECF, é imensa. Os estados que aderirem estarão cometendo uma grande irresponsabilidade com os controles fiscais do varejo.
Se para fraudar um ECF dava tanto trabalho, sendo necessário violar, adulterar o equipamento, com a NFCE essa dificuldade não mais existirá.