A Adata, fabricante de módulos de memória DRAM de alta performance e memórias flash NAND, anunciou a instalação de sua primeira planta brasileira para produzir semicondutores. A fábrica será instalada em Santo Antônio da Posse, cidade há cerca de 150 km da capital paulista.
Serão investidos US$ 80 milhões na unidade ao longo dos próximos três anos, na qual serão construídas duas salas limpas, que são ambientes controlados utilizados para testes ou manufatura de semicondutores, já que a contaminação por partículas presentes no ar interfere na qualidade final do produto. Ao todo a fábrica irá criar 320 empregos diretos na produção de memórias para atender o segmento de bens de informática e eletroeletrônicos. A expectativa é que a fábrica comece a operar já no início de 2017, com uma capacidade de produção de 5 milhões de semicondutores por mês.
O projeto obteve apoio da Investe São Paulo, agência de promoção de investimentos ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo. É que recentemente foram feitas mudanças na legislação para favorecer produção local de componentes semicondutores, com incentivos para que empresas como a Adata estabeleçam unidades produtivas no Brasil.
"A instalação da Adata terá um impacto positivo em muitos aspectos, como a arrecadação de impostos e consequente contribuição para uma infraestrutura mais adequada na região. A empresa já tem larga experiência em boas práticas ambientais para a produção de tecnologia e à adequação à legislação relacionada. Com certeza irá ajudar a incrementar a cadeia produtiva de hardware e tecnologia da informação no Estado de São Paulo", explicou Juan Quirós, presidente da Investe SP.
Ele ressalta que projetos relacionados a esse setor são tratados com prioridade dentro da agência, principalmente por gerarem empregos qualificados e envolverem uma cadeia produtiva de alto valor agregado. "O projeto vai trazer novos conhecimentos e competências fundamentais para o fortalecimento da produção nacional de tecnologias avançadas e incentivo à inovação", disse Quirós.
A Adata tem planos de longo prazo para incrementar o investimento no mercado brasileiro com foco em pesquisa, desenvolvimento e produção. Entre os motivos que fizeram com que a empresa escolhesse o Estado de São Paulo para o projeto estão a disponibilidade de talentos e a proximidade de centros acadêmicos como Unicamp, USP, UFSCar, entre outras.
"Estamos muito empenhados para continuar a expansão no Brasil, e trabalhamos lado a lado tanto com agências governamentais quanto com centros de pesquisa", explicou Paulo Júnior, presidente da Adata no Brasil.
A Adata é, atualmente, uma das principais fornecedoras de memórias para fabricantes de bens de informática, eletroeletrônicos e distribuidores no Brasil. "Na primeira fase do projeto, cerca de 95% de nossos produtos irá para a indústria bens de informática e eletroeletrônicos. Porém, a longo prazo, vamos incrementar o portfólio para abastecer outros mercados". explicou Paulo Júnior.
Na frase "…primeira planta brasileira para produzir semicondutores…" há um erro grave: a Adata NÃO vai produzir semicondutores, vai apenas montar módulos de memória! É apenas mais uma montadora!