Apesar de Lucent Technologies ter revisado para baixo a previsão de receita mundial em 2006 por conta das baixas vendas nos mercados dos Estados Unidos e da China, a operação da empresa no Brasil e em toda a região do Caribe e América Latina (Cala) deverá manter índices de crescimento maiores do que o desempenho global.
A previsão é do presidente da Lucent no País, Wagner Ferreira. "Assim como no Brasil, a receita na região Cala vem crescendo ano após ano", afirma. De acordo com o executivo, enquanto a Lucent mundial cresceu sua receita em 7% em 2005, Caribe e América Latina obtiveram um crescimento regional de 14%.
"E a indicação é de que esse crescimento continue maior do que o da Lucent no mundo todo", complementa Ferreira.
Brasil
Embora o presidente da Lucent do Brasil não destaque números locais, ele garante que o Brasil tem um peso bastante significativo no desempenho da região. "O Brasil hoje representa de 25% a 30% das receitas e concentra entre 30% e 40% dos funcionários da Lucent na região", garante.
Para 2006, Ferreira aponta como principais oportunidades de negócio da empresa no País a continuidade dos investimentos que a Vivo vem fazendo em sua rede CDMA e a tendência de investimentos na convergência de serviços baseados na arquitetura IP Multimedia Subsystem (IMS).
Ele acredita que 2006 será um ano muito bom, com as operadoras investindo cada vez mais em serviços para se diferenciar no mercado.
Para reforçar sua tese sobre serviços convergentes, Ferreira revela que nos próximos dois ou três meses estarão concluídos os ajustes finais dos testes com friendly users de um contrato para IPTV e outro para voz sobre IP, cada um com uma operadora brasileira. Os nomes das teles permanece em sigilo e, após concluídos estes ajustes finais, caberá a elas a escolha do momento de lançamento dos novos serviços.