A "internet de todas as coisas" (IoE, na sigla em inglês) deve gerar um valor econômico de US$ 613 bilhões neste ano às empresas no mundo todo. A projeção é de um estudo realizado pela Cisco Systems com 7,5 mil líderes de TI de 12 países, incluindo o Brasil, divulgado nesta quarta-feira, 19. Sob uma perspectiva maior, a cifra pode chegar a US$ 14,4 trilhões na próxima década. Esse cálculo considera os efeitos nas empresas privadas do mundo inteiro à medida que máquinas e pessoas se tornam conectadas pela internet. São conexões de três tipos: máquina a máquina (M2M), pessoa a pessoa (P2P) e máquina a pessoa (P2M ou M2P).
Dentre os 12 países pesquisados, o Brasil está classificado na 10ª posição em relação ao montante gerado por iniciativas corporativas ligadas à internet das coisas. De acordo com o relatório, o país deve gerar US$ 17,3 bilhões neste ano, enquanto os Estados Unidos e a China serão responsáveis pelas maiores cifras — US$ 253 bilhões e US$ 76,9 bilhões, respectivamente.
"A internet de todas as coisas tem potencial para remodelar significativamente a economia e transformar as indústrias-chave", disse Rob Lloyd, presidente de desenvolvimento e vendas da Cisco. "O estudo nos mostra que o sucesso não será baseado na geografia ou tamanho da empresa, mas como ela pode se adaptar mais rápido."
Com principais impulsionadores do valor econômico da IoE, a pesquisa aponta em primeiro lugar a cadeia de suprimentos (supply chain), que deve gerar ganhos de US$ 158,7 bilhões neste ano, seguido pela experiência dos clientes (US$ 145,2 bilhões). Logo em seguida é citada a inovação (US$ 110,5 bilhões), uso de ativos (US$ 109,7 bilhões) e, por fim, a produtividade dos funcionários (US$ 89,3 bilhões).