Nama vence licitação para manter sistema de IA no atendimento a usuários do Poupatempo

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A Nama – empresa brasileira que desenvolve sistemas baseados em inteligência artificial – venceu o pregão eletrônico da prestação de serviços para implementação do assistente virtual do Poupatempo. Chamado de Poupinha, o chatbot desenvolvido pela própria Nama já atende a população desde dezembro através do Programa PitchGov – no qual startups apresentam soluções para desafios da administração pública e, em troca, recebem visibilidade junto a potenciais parceiros e investidores.

Desde então, o Poupinha já trocou 36 milhões de mensagens com os cidadãos, facilitando o acesso às informações sobre serviços e agendando atendimentos no Poupatempo. Na cerimônia de lançamento da 2ª edição do PitchGov, Lúcio de Oliveira, diretor de operações da empresa, falou sobre a experiência de prestar este serviço. "O Poupinha é um divisor de águas dentro da história da Nama porque nos permitiu tangibilizar a Inteligência Artificial para o mercado e mostrar a capacidade de nossa plataforma de chatbots".

Oliveira disse ainda que o modelo do PitchGov é disruptivo não só porque atrai startups para levar inovação de fora para dentro do serviço público, mas também pela agilidade dos processos internos, flexibilidade e engajamento por parte dos times envolvidos.

No entanto, o diretor acredita que a forma de contratação precisa ser repensada. O valor pelo qual a Nama foi contratada no pregão é pelo menos 100 vezes menor do que o que foi investido no desenvolvimento e suporte do Poupinha. E só foi possível fazer esta oferta porque o sistema estava pronto e rodando, através do PitchGov. "Então foi motivo de surpresa quando, posteriormente, ficamos sabendo dos outros valores oferecidos na concorrência pública. Seria lamentável se ela fosse vencida por uma empresa menos preparada e sem potencial para entregar um serviço de qualidade para a população", avalia.

De qualquer forma, Oliveira ressalta que o mérito desta parceria transcende a questão financeira. "Poderíamos fazer uma conta rápida, comparar os números de atendimentos com os preços praticados no mercado e mensurar a economia gerada pelo chatbot aos cofres públicos, mas o valor que importa mesmo é aquele que é percebido pelo cidadão", disse.

Para o diretor da Nama, o Poupinha teve um papel democratizador essencial, principalmente na vida das pessoas mais pobres e com menos acesso à tecnologia: "Recentemente, produzimos um vídeo institucional e entrevistamos dezenas de usuários do Poupatempo. Descobrimos que, antes do Poupinha, um grande número de usuários perdia a viagem porque chegava ao posto sem a documentação necessária. Muitos contaram que o valor gasto nessas passagens de ônibus de ida e volta pesava no final do mês", comentou.

Outra característica do Poupinha que corrobora este argumento da democratização tecnológica é a sua capacidade de compreender e processar linguagem natural (NLP). Os registros das conversas do chatbot com a população revelaram que ele foi bem sucedido em entender desejos e corresponder os anseios de pessoas de todas as idades e classes sociais, mesmo aquelas com menos familiaridade em manejar dispositivos tecnológicos.

Todos os dias o Poupinha atende uma média de mais de 7 mil pessoas, através do portal do Poupatempo e pela fanpage do programa no Facebook, fornecendo orientações detalhadas sobre os serviços oferecidos e agendando atendimentos em qualquer uma das unidades do Poupatempo. Desde que começou a operar, já agendou 1 milhão de atendimentos para os cidadãos. A eficiência do serviço prestado que o Poupinha já recebeu 140 mil expressões de agradecimento de todos os tipos, incluindo milhares de mensagens dizendo "Deus te abençoe".

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