Depois de realizar mudanças em sua política de privacidade em outubro, a Microsoft passará por uma investigação do Partido do Artigo 29 de Proteção de Dados, organização da União Europeia para proteção de informações pessoais na internet, que revisará as alteraçõa realizadas pela companhia, acusada de coletar dados em serviços gratuitos como Hotmail, Windows Live Messenger e a ferramenta de buscas Bing.
De acordo com o jornal britânico Financial Times, em carta endereçada à Microsoft, o Partido do Artigo 29 disse que "dada a ampla gama de serviços que a companhia oferece e a popularidade desses serviços, mudanças no contrato de serviços e na política de privacidade podem afetar muitas pessoas, na maioria ou todos os estados membros da União Europeia". Em outubro, a companhia atualizou sua política de privacidade mudando a maneira com a qual a empresa coleta informações de seus usuários nos serviços citados, podendo analisar informações pessoais de um serviço e integrá-las a outro, a uma mesma identidade de usuário (login), por meio do cruzamento de dados de navegação.
A Microsoft nega ter alterado sua política de privacidade e garante que não utilizará dados para direcionar publicidade a usuários. Em resposta às investigações, o porta-voz da Microsoft em Bruxelas, Robin Koch, declarou: "Estamos felizes em responder quaisquer perguntas referentes às recentes alterações do acordo de serviço da Microsoft, as quais, conforme já dissemos anteriormente, não alteram a nossa política de privacidade".
O Google também é alvo de investigações da União Europeia após moidificar sua política de privacidade em março. Em outubro, a agência reguladora de proteção de dados da França (CNIL, na sigla em inglês) solicitou que o Google fizesse mudanças em sua política de privacidade na Europa.