Pesquisa revela crescimento de m-health e wearables nos mercados emergentes

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A organização global de regulação do comércio de aparelhos e serviços mobile Mobile Ecosystem Forum acaba de anunciar a publicação de seu relatório mHealth e Wearables 2015.  Realizado em parceria com AVG Technologies, o relatório revela as principais tendências de uso e consumo de mais de 15 mil usuários mobile em mais de 15 países nos cinco continentes pesquisados.

O relatório indica que a adoção de aplicativos voltados para saúde (health) e prática de exercícios físicos (fitness) teve um crescimento em todo o mundo, e que no último ano foi mais de um terço em relação ao ano anterior, passando de 11% para 15%. Da mesma forma, o uso de apps ligados à medicina teve um crescimento de 8% para 10%. As mulheres são as maiores entusiastas em relação ao uso desse tipo de aplicativos, segundo a pesquisa.

Veja dados do relatório da MEF:

  • Globalmente, 44% dos usuários de mídias mobile já presenciaram um médico ou profissional da saúde fazendo uso de aparelhos como smartphones ou tablets durante uma consulta, para oferecer um diagnóstico ou tratamento;
  • O uso de aplicativos de Saúde & Fitness cresceu um terço ao redor do mundo no último ano;
  • Mais da metade dos usuários mobile usa apps para relaxar ou para treinar sua mente. 20% usam para ajudá-los a gerenciar seu peso;
  • No Brasil, 26% dos usuários usam aplicativos para ajudar na prática de exercícios e 21% para controlar o peso;
  • África do Sul e Nigéria são os países que apresentaram maior crescimento;
  • No Brasil o crescimento em ambas as categorias (apps médicos e apps de saúde e fitness) foi de 5%;
  • O único país que apresentou queda no uso desse tipo de aplicativos foi os EUA, com -5% no uso de aplicativos de Saúde & Fitness.

Os países emergentes, da África, Ásia e América Latina, parecem ser os países com mais interesse nesse tipo de aplicativo, apresentando crescimento mais acentuado em seu uso:

  • Sul-africanos são os mais empolgados com o uso de apps de Saúde & Fitness (22% contra a media global de 15% de uso), enquanto os nigerianos são os mais propensos a usar apps médicos (o uso mais do que dobrou em um ano, passando de 7 para 17%);
  • Na Índia e no México o crescimento do uso de apps de saúde & Fitness foi de 7%;
  • No Qatar e na Arábia Saudita mais da metade dos consumidores já presenciou o uso de apps médicos em consultas com profissionais da saúde.

Rimma Perelmuter, CEO da MEF afirma que "as tecnologias de mHealth e aparelhos wearable representam uma grande oportunidade de crescimento e colaboração para nosso setor. Novas tecnologias e aplicativos estão melhorando a vida dos consumidores, facilitando a prática de exercícios e bem-estar, proporcionando maior acesso a cuidados de saúde essenciais".

O surgimento desses novos setores proporciona muitos benefícios para as empresas e consumidores, mas também cria riscos e traz novas responsabilidades para fabricantes e usuários. A falta de confiança é o maior obstáculo para o crescimento da indústria mobile, sendo citada por 40% dos entrevistados como fator número um para evitar baixar itens a partir do smartphone ou tablet.

"As informações coletadas por esses dispositivos e aplicações são, por sua própria natureza, pessoais e extremamente sensíveis, o que exige certo cuidado da indústria em relação ao seu uso. É preciso educar o usuário mobile em relação à segurança e, principalmente, privacidade", explica Mariano Sumrell, diretor de Marketing da AVG Brasil.

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