O secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, apresentou nesta terça-feira (20/5) proposta de alteração do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), em audiência pública na Comissão Especial de Redes Digitais de Informação, da Câmara dos Deputados. O objetivo da audiência foi discutir o acesso dos estudantes da rede pública à internet.
Para Santanna, qualquer infra-estrutura que for implantada com recursos do fundo tem de ser de uso público, possibilitando o compartilhamento e o estímulo à indústria nacional. Quanto às cotas regionais, setoriais e àquelas destinadas a segmento específico, o secretário destacou que a lei deve definir conceitos gerais de aplicação de recursos. ?É fundamental que haja um compartilhamento da infra-estrutura. Hoje existem tecnologias muito baratas?, destacou.
Segundo ele, para que se faça inclusão digital é preciso investir mais em infra-estrutura. Atualmente, o país tem 3.570 municípios sem infra-estrutura de banda larga, conforme dados da Anatel.
O secretário apresentou dados de uma pesquisa realizada de setembro a novembro de 2007, pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br), que indicam que o uso do computador e da internet variam de acordo com a renda familiar. No entanto, os dados indicam que a classe C está acessando mais a rede. De acordo com Santanna, o fenômeno das lan house [casas de jogos de computador] tem impulsionado o acesso à internet.
A prefeita de Tauá (CE), Patrícia Gomes, apresentou na audiência o programa Cidade Digital, implantado no município há 21 meses. Patrícia destacou que a cidade dispõe atualmente de quatro quiosques digitais instalados em pontos estratégicos e cinco pontos com internet gratuita com o sistema sem fio.
A prefeita disse que Tauá tem 55 mil habitantes. Segundo ela, com o Cidade Digital, houve uma multiplicação das empresas que utilizam da tecnologia da informação. Patrícia registrou ainda que o município tem orçamento anual de R$ 42 milhões e que a prefeitura gasta mensalmente R$16 mil para manter o projeto.
Com informações da Agência Brasil.