O Hospital Alemão Oswaldo Cruz passará a usar uma ferramenta de inteligência artificial para auxiliar no monitoramento de pacientes com covid-19. A intenção é indicar precocemente e até antever situações de piora do quadro clínico e de sepse, uma condição médica grave relacionada às infecções e responsável por alto risco de mortalidade hospitalar.
Batizada de Robô Laura, a plataforma virtual criada pela startup paranaense Laura estará disponível a partir deste mês na Unidade Paulista do Hospital, por meio de uma parceria com o Grupo Fleury, prestador de serviço responsável pela operação de análises clínicas, permitindo a utilização da ferramenta na avaliação dos internados na Instituição.
Com o auxílio de algoritmos de inteligência artificial, o software conectará os prontuários eletrônicos dos pacientes a um painel de gestão localizado na central de enfermagem das unidades de internação e UTIs. Cada novo dado clínico do paciente será utilizado em tempo real para predizer o risco de piora clínica e identificar precocemente os pacientes para uma avaliação e assistência prioritárias, apoiando as equipes médicas e assistenciais na tomada de decisão para a priorização dos atendimentos a casos mais graves.
"O programa contribuirá para uma assistência em tempo adequado e, por isso, mais efetivo e seguro, em especial para os pacientes com covid-19 que podem ter alterada sua condição de saúde com grande rapidez", diz Paola Andreoli, gerente de Qualidade, Segurança do Paciente e Desfechos Clínicos do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Ativa desde 2016, a robô Laura já teve cerca de 8,6 milhões de atendimentos analisados e reduziu em 25% a taxa de mortalidade hospitalar nas unidades onde foi instalada. Além de ajudar a salvar, em média, 18 vidas por dia, a tecnologia é um instrumento para otimização de tempo e recursos em saúde.