IDC: margens de lucro estão cada vez menores no Brasil

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De olho no mercado brasileiro de serviços de TI, novos fornecedores vindos da Índia, dos Estados Unidos e da Europa estão chegando ao país. Muitas vão iniciar atividades ou reforçar sua atuação ainda este ano. Hoje, mais de 40% das vendas são feitas pelas dez maiores empresas. Por isso, crescer em off-shore no Brasil está ficando cada vez mais complicado. A avaliação é da consultoria IDC.

?As taxas de crescimento do Brasil em serviços de TI vêm declinando ao longo dos anos, processo natural no caminho à maturidade, mas mesmo assim muito sedutor aos olhos externos?, explica o country manager da companhia, Mauro Peres. Hoje, os percentuais estão na casa dos 11%, contra 15% no início da década e 20% nos anos 90. Mesmo assim, ainda é mais do que o dobro da média mundial, que fica em torno de 5%. Em 2007, o Brasil movimentou US$ 8,6 bilhões (1,7%) no segmento de TI, que atingiu US$ 491 bilhões em todo o mundo.

Por conta disso, avalia a IDC, o mercado local de serviço de TI está cada vez mais acirrado. Entram nessa conta a desvalorização do dólar, a carga tributária brasileira, os reajustes na folha de pagamento e a formalização de funcionários, entre outros. O resultado não poderia ser outro: as margens de lucro caíram nos últimos anos. Ainda segundo a consultoria, por causa da competitividade, está difícil até mesmo repassar aos clientes esse aumento de custos. As empresas de TI estão tendo que se ?reinventar? para esustentar os negócios. As ações incluem buscar mão-de-obra em cidades menores, firmar novas parcerias, melhorar a produtividade dos funcionários e buscar novas formas de entregar os serviços.

?Nesse momento, o desafio inicial das empresas que oferecem serviços de TI no Brasil é aumentar a lucratividade. Algumas já estão partindo para projetos regionalizados a fim de gerar mais lucro e ganhar um fôlego. Outras, que têm intenção de abrir capital, estão atrás de crescimento por meio do ganho de escala e maior liquidez a fim de se tornarem atraentes aos investidores. Fusões também estão sendo bem vistas para a conquista da presença regional ou para aumento do portifólio de clientes?, acrescenta o executivo da IDC.

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