STF suspende incentivos para setor de informática do Paraná

0

O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu na quarta-feira (19/9) os incentivos fiscais concedidos pelo estado do Paraná aos fabricantes locais de produtos de informática, ao acatar uma liminar do governo do Amazonas contra a aplicação por aquele estado de alíquotas diferenciadas de ICMS para o setor. A liminar é resultado de duas ações diretas de inconstitucionalidade (Adins) apresentadas pelo governador Eduardo Braga, em agosto, contra os benefícios fiscais concedidos pelos estados do Paraná e São Paulo.

As ações foram movidas pelo governador em reação ao que ele alega ser uma guerra fiscal que custou aos amazonenses a perda de 17 mil de trabalho na indústria de eletroeletrônicos. Em fevereiro deste ano, o governo de São Paulo reduziu a alíquota de ICMS do setor de informática para 7%. Em abril, em nova investida, aumentou, de 12% para 18% a alíquota para eletroeletrônicos procendentes da Zona Franca de Manaus. A medida do Paraná ocorreu em junho, quando o governador Roberto Requião baixou a alíquota do imposto de 7% para 3%.

Agora, com a suspensão dos incentivos fiscais pelo STF, as empresas de informática do estado do Paraná, entre elas a Positivo Informática ? a maior fabricante de computadores do país ? deixam de ser beneficiadas por uma alíquota de 3% de ICMS. Como o cálculo era feito pela diferença entre a alíquota cheia, que podia chegar a 18%, e a taxa de 3%, a diferença era transformada em crédito tributário, que podia ser usado pelas empresas a qualquer momento. No final de junho, a Positivo, por exemplo, acumulava créditos de ICMS no valor de cerca de R$ 6,5 milhões. No primeiro semestre, a fabricante deduziu R$ 123,5 milhões do imposto sobre os R$ 995,1 milhões faturados.

Para os analistas, embora seja difícil antecipar qual será a decisão do STF em relação a São Paulo a possibilidade de que determine também o fim dos benefícios fiscais é grande, até por uma questão de coerência. Segundo eles, se isso se confirmar o impacto para as empresas do setor terá proporções catastróficas.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.