As organizações que buscam aumentar a inovação no Brasil precisam ajudar o país a seguir para um segundo patamar, após os investimentos em formação de pessoas. A conclamação foi feita pelo ministro em exercício da Ciência e Tecnologia, Luiz Antonio Elias, durante o 27º Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas e o 15º Workshop Anprotec, que termina nesta sexta-feira (21/9), em Belo Horizonte.
O evento foi promovido pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
"Em 2000, fizemos 300 pedidos de patentes ao escritório norte-americano. Em 2005, foram 350. Na China, o número subiu de 465 para 5 mil no mesmo período. Na Coréia, passou de 5 mil para 15 mil", comparou Elias, que também falou sobre o Programa Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que inclui apoio às incubadoras de empresas.
O Brasil tem hoje cerca de quatrocentas incubadoras de empresas e 50 projetos de parques tecnológicos, dos quais dez já estão em operação. Das organizações de apoio aos negócios que saem dos ambientes de pesquisa brasileiros, já foram criadas 6,3 mil empresas. O balanço é do presidente da Anprotec, José Eduardo Fiates.
"O investimento público nas incubadoras, nos últimos 20 anos, foi de R$ 150 milhões. O aporte total para seu estabelecimento foi da ordem de R$ 430 milhões. Mas, os impostos gerados pelas empresas incubadas e graduadas chegam aos R$ 400 milhões por ano", ressaltou Fiates.
Para o diretor-técnico do Sebrae Nacional, Luiz Carlos Barboza, as entidades têm pela frente um papel ainda mais relevante a cumprir. "As incubadoras são importantes maneiras de disseminar a inovação em empresas, cadeias produtivas e arranjos produtivos locais", defendeu.