A associação global de operadoras móveis GSMA anunciou nesta terça-feira, 21, acordo com a Aliança pela Internet Acessível (A4AI) para identificar barreiras políticas e regulatórias para o acesso à Internet, promovendo a acessibilidade, especialmente de mulheres e de comunidades carentes da área rural. A aliança, uma coalizão global composta por mais de 50 membros como Alcatel-Lucent, Cisco, Ericsson, Google e Facebook, visa promover redução de custo do acesso nos países em desenvolvimento por meio de "reforma política e regulatória".
A ideia é tentar melhorar estatísticas de países como Etiópia, onde a penetração móvel é de 20%, ou mesmo na Índia, que ainda tem penetração de 28%. Em recente relatório, a A4AI afirmou que o preço das conexões nesses lugares continua proibitivo: para quem vive com menos de US$ 2 ao dia, o custo da banda larga móvel chega a mais de 20% da renda mensal em alguns países. Na Colômbia e na Zâmbia, o índice é ainda maior, com 48% e 35%, respectivamente.
A aliança acredita que é possível promover o acesso mais barato com reformas políticas e regulatórias "ao combinar ativismo, pesquisa e compartilhamento do conhecimento em nível mundial, regional e nacional". As entidades afirmam estar com princípios e políticas alinhados, embora a A4AI reconheça haver um contraste com a GSMA em relação ao "uso de espectro não licenciado e à reutilização oportunista dentro das regras que evitam a interferência nociva". A associação de operadoras diz que o uso do "espaço em branco" não poderia prejudicar a realocação futura do espectro de radiodifusão para a banda larga móvel.