A Microsoft não pretende deixar com que o fracasso na compra do Yahoo se transforme numa espécie de obsessão patológica para outras aquisições na área de internet, segundo deixaram claro alguns dos altos executivos que estão por trás da estratégia on-line da companhia.
As especulações acerca da próxima jogada da Microsoft surgiram desde a semana passada, quando o Yahoo anunciou que as conversações para uma possível a colaboração entre as duas empresas na área de publicidade na internet chegaram ao fim e informou que havia fechado um acordo com o rival Google para terceirizar parte do negócio de buscas.
Os rumores são de que a gigante do software agora iria investir todas as suas fichas na compra do Facebook, site de relacionamentos no qual ela possui uma pequena participação de 1,6% e pela qual desembolsou no ano passado US$ 240 milhões, ou, em última hipótese, no site de relacionamento americano Bebo, da AOL Time Warner.
Steve Ballmer, CEO da Microsoft, desmente que a empresa vá recorrer a um plano B de aquisições para expandir sua presença na internet. "As pessoas não sabem o que estão falando", disse ele em uma entrevista ao jornal britânico Financial Times.
Kevin Johnson, presidente da divisão de plataformas e serviços da Microsoft, ressaltou que o movimento no sentido de adquirir o Yahoo teve exclusivamente como motivo a necessidade da empresa de reforçar seu negócio de publicidade on-line. Mas, após ter retirado a oferta inicial de compra do Yahoo no mês passado, ela se voltou para o negócio de buscas na internet.
Não é por outro motivo que Ballmer disse que ?a aplicação mais importante no futuro próximo é a busca?. ?Não creio que podemos dizer: 'OK, bem, nós vamos ter uma plataforma de publicidade on-line e vamos fazê-lo sem a força de um ativo na área de buscas?. Nós não temos que dominar, mas gostaríamos dar o melhor para ter um bom pedaço do mercado de buscas na internet ao longo do tempo?, ponderou Ballmer.
