Depois de processar o Google na Corte do Distrito de Connecticut, nos Estados Unidos, o promotor-geral Richard Blumenthal pediu nesta segunda-feira, 21, que outros estados se juntem a ele para criar um processo multiestadual contra o site de buscas. Na ação, ele acusa o Google de violar a privacidade de internautas durante o projeto de mapeamento de ruas, o Street View, ao fazer o armazenamento não autorizado dos dados de acesso à internet de redes sem fio desprotegidas.
Segundo o The Wall Street Journal, quando iniciou o primeiro proceso, na semana passada, Blumenthal declarou que o Street View "não pode entrar em redes, pessoais ou corporativas, e vasculhar as informações particulares de cada um". O promotor quer que o Google forneça mais informações sobre o projeto e espera que os demais estados norte-americanos se unam a ele na "luta contra a coleta não autorizada de informações pessoais".
A coleta dos dados foi admitida pelo Google, após uma investigação conduzida por órgão regulador da internet alemão ter descoberto problemas nos carros usados para o Street View. O site de buscas alegou que o armazenamento dos dados foi causado por uma falha no software usado para que os carros acessem a web.
Um relatório encomendado pelo Google à consultoria de segurança digital Stroz Friedberg confirmou a falha no software dada pelo site de buscas. O estudo, porém, não conseguiu descobrir porque os dados de redes Wi-Fi desprotegidas foram armazenados e os daquelas bloqueadas por senha, não (veja mais informações em "links relacionados" abaixo). A explicação exigida por Blumenthal do site de buscas é exatamente sobre o armazenamento das informações das redes desprotegidas.
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