O Nimbly, uma fintech brasileira, diz ser possível a redução do trabalho para 'quase zero' dos empreendedores, CFOs e analistas financeiros, através da automatização dos principais fluxos de back office das empresas, como faturamento e pagamento de contas.
Segundo Henrique Netzka, CEO e fundador da startup "dentro dessa jornada, resolvemos muitas situações do back office que o ERP da empresa não atendia de forma nativa. Ou seja, entendi que mesmo os programas mais complexos do mundo não atendiam às demandas das empresas brasileiras".
Em 2012, Netzka idealizou o Tático ERP, uma plataforma mais simples, mas ainda muito robusta e modelada para as necessidades do mercado nacional. "Foi em 2019, devido a um deploy complexo demais, que mapeei como poderia de fato ajudar um número significativo de empresas a serem mais ágeis. Percebi que precisávamos criar um produto que fugisse da ideia de organizar finanças e focasse na necessidade de automatização das rotinas da área financeira", conta Henrique. "A partir dessa visão, iniciamos um movimento de pivotagem na empresa, fechamos a área comercial e começamos a trabalhar na primeira versão do Nimbly", completa.
Na prática, a plataforma, através da inteligência artificial, recebe os boletos a pagar diretamente dos fornecedores, valida o valor devido e envia diretamente ao banco. Para as cobranças (recorrentes, por exemplo), são emitidas notas fiscais ou boletos e enviadas por e-mail ao pagador — ainda é executada uma régua de cobrança quando necessário. "O Brasil possui mais de 15 milhões de PMEs, mas nem 10% delas utilizam ou precisam de um ERP. Por outro lado, 100% delas pagam contas mensalmente. Nosso intuito é fazer com que ninguém precise fazer isso de forma manual", afirma Netzka.