Internet das coisas, sistemas cognitivos e realidade virtual são exemplos de novos elementos derivados de uma evolução tecnológica que se tornou exponencial nas últimas décadas e que começa a fazer parte do nosso dia-a-dia, na mesma proporção que os aplicativos para dispositivos móveis já fazem. Quando o iPhone foi lançado em 2008, não existia a Apple Store, mas havia um desejo enorme por parte dos desenvolvedores e clientes de que a Apple permitisse a criação de aplicativos por terceiros.
Hoje são mais de 2 milhões de apps disponíveis que revolucionaram a maneira de nos comunicar, de ouvir música, de pagar as contas, de pedir comida ou de solicitar um serviço de táxi tão vantajoso que pode até substituir a compra tradicional de veículos. Qualquer pessoa com um smartphone carrega um volume incrível de dados: fotos, vídeos, músicas, perfil em redes sociais, compras em lojas de e-commerce, publicações em Facebook, Twitter e muito mais.
Todo esse volume de dados cresce infinitamente e uma vez estruturado se torna útil para as empresas repensarem suas estratégias de atuação. O Big Data ganha ainda mais relevância quando incluímos o monitoramento e a coleta de dados não só das pessoas, mas também de objetos como eletrodomésticos, máquinas, veículos e até mesmo roupas. A Internet das Coisas (IoT) ultrapassa a barreira das pessoas e das comunidades para integrar diversos tipos de dispositivos inteligentes que interagem entre si e conosco.
A ideia é que, cada vez mais, o mundo físico e o digital se tornem um só e que o volume de dados digitais atinja um volume superior aos 44 trilhões de gigabytes, até o ano de 2020, segundo o IDC Financial Insights. Esse fator está diretamente relacionado a mais uma estimativa do IDC, que revela que 60% dos investimentos das organizações nos próximos quatro anos estão direcionados para a Transformação Digital.
Para as empresas e gestores públicos, fazer parte dessa nova economia digital é mais do que uma tendência, é uma questão de sobrevivência. Nos dias de hoje as organizações podem alcançar, impactar e vender produtos para 2,5 bilhões de pessoas, atingindo até 7 bilhões em 2017, isso mesmo: praticamente todo o planeta Terra pode ser impactado digitalmente por uma organização através da Internet da Computação em Nuvem. Isso significa que mais de 4 bilhões de consumidores virtuais chegarão ao mercado nos próximos anos.
Estamos diante de transformações digitais que abrirão oportunidades para quem estiver preparado. A ordem do dia é saber transformar em conhecimento esse volume crescente de dados gerados por clientes, prospects, eleitores e "coisas". Por sua vez, conhecimento é aplicado na evolução dos modelos de negócios para obter melhores experiências dos consumidores e geração de vantagens competitivas frente à concorrência. Para o mundo corporativo, essa é a verdadeira Transformação Digital.
Esse cenário nos modelos de negócios é tão promissor quanto desafiador. Segundo estimativas do Gartner, apenas 30% dos esforços de transformação digital conduzidos pelas organizações até 2017 atingirão o sucesso esperado. Cientes desse desafio, 75% das maiores empresas segundo a revista Fortune, já estão fazendo uso de uma plataforma tecnológica que integra sistemas corporativos, por meio de um ponto em comum: a localização. Essa plataforma possui a capacidade de transformar um grande volume de dados em conhecimento, encontrando padrões antes mesmo dos trabalhos de análise.
Estamos falando dos Sistemas de Informações Geográficas (GIS), que assim como o Big Data existem há décadas, mas que agora atingiram um patamar de inteligência extraordinário. De acordo com grandes especialistas deste mercado, o GIS é a resposta para a verdadeira transformação digital, pois possui o poder de unir, integrar e gerenciar os dados, nos levando a uma abstração que pode ser compreendida e visualizada por todos.
Na prática, os líderes empresariais que possuem o poder de mudar os processos tecnológicos nas empresas e governos onde atuam, contam com o GIS no uso e criação de aplicativos de escritório e de campo; na visualização de informações atualizadas em tempo real em painéis de controle que integram gráficos, mapas e análises espaciais avançadas; assim como na publicação e compartilhamento de informações por meio de apps e portais web. Tudo de maneira integrada com dados e sistemas corporativos existentes e nível de acesso à informação definido pelo perfil de cada usuário. A boa notícia é que não estamos tratando de meses ou anos de integração e desenvolvimento, mas sim de começar agora com tudo o que está pronto e que vem evoluindo há mais de 50 anos, de maneira exponencial.
Felipe Seabra, especialista em Marketing da Imagem.
Artigo muito esclarecedor, Felipe! Realmente estamos diante de uma revolução tecnológica que transformará não apenas as nossas vidas, mas também a forma com que as empresas entendem e fazem negócios. Conhecimento, preparação e, principalmente, ferramentas adequadas serão o diferencial necessário a qualquer empresa. Estejamos prontos!