Sua palestra vai abordar a tecnologia dos semicondutores, a convergência de funções de dispositivos e mídias de entretenimento como câmeras fotográficas, filmadoras, filmes e TV, além dos avanços da tecnologia do silício, que permitirá novas funções e aplicações, a custo acessível e com baixo consumo de potência. Abaixo, os principais trechos da entrevista que fizemos com Doug Rasor:
P- Qual a próxima onda dos semicondutores?
R -Processadores menores que vão permitir o desenvolvimento de aparelhos e dispositivos miniaturizados. Outro foco do desenvolvimento que interessa ao Brasil e região é o desenvolvimento de uma solução de chip único para aparelhos celulares. Colocar cada vez mais eletrônicos em menores chips vai reduzir o tamanho e o custo dos celulares, podendo chegar a aparelhos de 30 dólares. Este tipo de desenvolvimento vai atender o Brasil com celulares de baixo custo.
P – No que vocês trabalham hoje? O que veremos nas ruas em um futuro próximo?
R – Enxergamos a convergência de dispositivos eletrônicos de consumo e celulares, o que permitirá aos consumidores ter todo entretenimento em um único lugar. Essa convergência aponta para recursos como câmeras digitais com multi-megapixel, tocadores de MP3, videoclipes e programação de TV nos celulares. Todos esses recursos são encontrados na Ásia hoje e esperamos que, em um ano, os consumidores tenham acesso a aparelhos como esses, o que levaria mais gente a se beneficiar dessas aplicações.
P – Para oferecer dispositivos com mais performance e convergência, quais os desafios enfrentados na hora de desenvolver semicondutores?
R -O desafio chave é oferecer uma bateria com maior vida e performance, porque colocaremos mais funcionalidades nos aparelhos celulares, o que demanda muito mais de pequenos dispositivos. Agora, celulares fazem muito mais que chamadas, como acesso à Internet, envio de mensagem de textos, tirar fotos e, logo, receber transmissão de tevê. Só que para isso, os telefones devem conter processadores capazes de comutar rapidamente de uma aplicação para outra sem sacrificar o tempo e a performance da bateria.
P -Para qual direção caminha a área de Pesquisa & Desenvolvimento da companhia?
R – Conforme definido por Hans Stork, Chief Technology Officer, a indústria de semicondutores se divide em duas: no topo aquelas que podem massificar a produção dos mais avançados processadores e o restante. Para sair à frente, investimentos pesadamente em Pesquisa & Desenvolvimento. Com esta finalidade, as grandes indústrias desenvolvem processos tecnológicos de silício, com foco na melhoria da performance, no aumento da durabilidade da bateria e na redução de custos.
P -Quais são os mercados que vocês pretendem entrar com as novas tecnologias?
R -Comunicação e entretenimento guiam a tecnologia hoje. Quando você olhar para dentro dos equipamentos de comunicação e entretenimento, encontrará sinal de processamento em tempo real ? digital e analógico. Continuarão a aparecer oportunidades interessantes nesses dois mercados.
P -E quanto ao mercado corporativo?
R -Para as empresas, estamos focando em oferecer recursos de aumento de produtividade em aparelhos celulares como e-mail, compartilhamento de arquivos e melhorias na segurança para proteger dados corporativos. Por meio destes avanços, estamos ajudando nossos clientes a levar o escritório para o celular.