A chegada da quinta geração de redes de banda larga móvel no Brasil tem dado o que falar. Com o intuito de trazer a internet e o compartilhamento de dados mais velozes do mundo – estima-se que chega até 20 vezes mais rápido que o 4g que conhecemos e utilizamos atualmente -, o 5g vem com uma promessa: a revolução da tecnologia.
Isso porque o recurso é tão inovador e ágil que muitos acreditam que, em breve, ele poderá substituir até mesmo as redes de Wi-Fi domésticas, além de trazer maior conectividade entre os aparelhos móveis por quilometro quadrado. A tecnologia poderá ainda impulsionar as chamadas smart cities, sendo um ponto de encontro tecnológico de prédios, meios de transportes e até mesmo sinalizadores. Mas, por aqui, o 5g ainda não está "voando", e sim engatinhando.
Em julho de 2020, começamos a sentir um gostinho do que é essa banda larga, com um modelo de DSS. Aqui, o Dynamic Spectrum Sharing, serve como um ponto de transição entre o nosso já conhecido e bem estabelecido 4g e o novo e potente 5g, tornando o compartilhamento de dados 12 vezes mais rápido do que estamos acostumados. Em linhas gerais, o DSS permitiu que as operadoras compartilhassem diversas frequências em uma única rede, definindo qual a capacidade que o sinal chegará ao público.
Mas, a chegada definitiva do que pode revolucionar a forma como comunicamos e transmitimos segue incerta por aqui, uma vez que o leilão para conceder linhas de rádio-frequência para a operação do 5g ainda não tem data definida pela Anatel. Além disso, o Brasil precisa de uma boa infraestrutura a nível nacional e local para conseguir uma boa implementação da rede, não limitando-se apenas ao eixo Rio-São Paulo, tendo de atender regiões do Norte, Nordeste, Centro-oeste e cidades interioranas – essas últimas as que mais sofrem com poucos recursos tecnológicos de qualidade.
Sendo assim, a nova geração da internet chega ao solo brasileiro evidenciando, mais uma vez, o quanto precisamos investir mais e evoluir no quesito tecnológico. Sem dúvidas, apostar e investir nessas tecnologias, ainda que pareça custoso demais em um primeiro momento, poderá colocar o país como um novo polo econômico do mundo, impulsionando segmentos como agricultura, educação e automotivo, por exemplo. Portanto, apertem os cintos e se preparem para a oficialização da chamada geração da conectividade!
Leandro Campos, CEO e cofundador da Nvoip.