A busca orgânica é responsável por grande parte do tráfego nas páginas da internet. "Dar um Google" já se tornou uma expressão popular, empresas investem em estratégias de SEO (Search Engine Optimization), mas há algo ainda pouco conhecido por muitos profissionais de e-commerce: a segurança de uma loja virtual é um fator de desempate no ranqueamento deste buscador.
No entanto, o que é considerado um site seguro nos padrões do Google? Neste artigo, explicamos o que uma loja virtual deve considerar para não ser "penalizada" pelos motores de busca e quais as soluções para você melhorar a classificação do seu e-commerce.
O primeiro passo a ser considerado é o certificado Secure Socket Layer (SSL), pois o Google utiliza este protocolo como critério de desempate entre sites que possuem a mesma nota. Sabendo disso, os e-commerces criptografados destacam-se de concorrentes que estão tão bem otimizadas quanto eles, mas não têm um protocolo HTTPS.
Na prática, o protocolo SSL embaralha os dados com uma chave de acesso que pode ser lida e compreendida apenas pelo servidor, e mesmo que um hacker ou fraudador consiga atacar o site, ele não terá como "traduzir" o conteúdo.
Mais um fator importante para qualquer loja virtual é a utilização de um firewall de aplicação web (em inglês, Web Application Firewall, ou WAF). Esta ferramenta protege os servidores do site, criando um filtro nas entradas e saídas dos usuários e, assim, registrando tentativas de ataques maliciosos. Hackers e bots são bloqueados antes de a investida ser efetuada.
Outra vantagem é que este firewall, ao diminuir a incidência de tráfego suspeito, também melhora a velocidade do site e, consequentemente, o posicionamento da página – afinal de contas, a velocidade de carregamento é também um critério usado pelo Google para melhorar o ranqueamento.
Além destes fatores diretamente relacionados à segurança da própria página, uma loja virtual deve atentar-se a outro problema que, além de prejuízo financeiro, também pode ter impacto direto na indexação da página junto ao Google: as compras fraudulentas.
Só em 2017, a taxa de tentativas de fraude foi de 3,03% na web brasileira, segundo estudo realizado pela Konduto. Os prejuízos destas compras recaem sobre a própria loja virtual, mas os clientes não sabem dessa informação.
Na verdade, os consumidores acreditam, equivocadamente, que a loja que recebeu a compra clonada é a responsável pela fraude. Em um cenário assim, o cliente espalhará: "meu cartão foi clonado no E-Commerce XPTO, não volto mais a comprar lá".
Reduzir os números de chargeback certamente diminuirá as reclamações contra o seu e-commerce nas redes sociais. E isso será levado em consideração pelo Google na hora de indexar as suas páginas na busca.
Para combater as compras ilegítimas e reduzir este prejuízo, e-commerces devem contar com alguma solução antifraude. O mercado atualmente conta com diversos sistemas, que combinam as melhores tecnologias para a realização de uma análise de risco rápida e eficiente, para os mais variados segmentos do e-commerce.
Reduzir índices de fraude certamente diminuirá as reclamações contra o um e-commerce nas redes sociais. E isso certamente será levado em consideração pelo Google na hora de indexar as páginas na busca.
Tom Canabarro, co-fundador da Konduto.