Como uma instituição financeira de pequeno porte que não pode se dar ao luxo de ter uma fábrica de software, a exemplo dos seus concorrentes, o Banco Schahin terceiriza boa parte dos seus serviços de TI. Todos os pacotes de software são comprados prontos e a equipe de desenvolvimento só faz algum aplicativo em casa quando realmente não há alternativa.
Algumas das aplicações como os sistemas de conta corrente, crédito e contabilidades, são contratados pelo sistema de locação de software, com pagamento de uma mensalidade fixa. Um dos fornecedores da instituição dentro dessa modalidade é a Matera Systems, empresa de Campinas (SP), especializada em soluções para o mercado financeiro.
Cristiane Junqueira Guillard, executiva de TI do Banco Schahin, avalia que o aluguel de pacotes prontos acaba sendo uma alternativa para os pequenos bancos que se beneficiam da experiência dos fornecedores no atendimento do setor. ?O sistema de conta corrente dos bancos não difere muito um do outro?, afirma ela. O que vai diferenciar é a estratégia de negócios de cada instituição.
Por ser um pacote pronto, Cristiane afirma que o custo acaba sendo mais baixo. Mas às vezes este modelo também traz desvantagem, avalia a especialista. Um exemplo é quando o banco precisa lançar um serviço e a solução não cobre a sua necessidade.
Nesse caso, ela diz que a instituição não pode ficar esperando e mobiliza sua equipe para fazer uma solução alternativa.
Além da terceirização de software, o Banco Schahin contrata outros serviços pelo modelo de outsourcing. O gerenciamento da rede da instituição (que conta com cerca de quatro mil pontos, espalhados pelo País, que não são agências mas agentes de financiamentos, como despachantes e comerciantes), é feito pela TSC Brasil.
O gerenciamento de banco de dados, os serviços de correio eletrônico e help desk também são realizados fora de casa. Cristiane avalia que em alguns casos os custos até aumentaram, mas que o banco ganhou mais agilidade, pois agora tem relatórios precisos e sabe onde estão os gargalos para tomar medidas pró-ativas.
Na opinião de Cristiane, ter a infra-estrutura de TI em casa é muito custosa e a terceirização de alguns serviços que não fazem parte do negócio do banco traz vantagem. Porém, os bons resultados vêm quando o outsourcing é feito com critério e escolha certa dos parceiros.
