UE vai julgar Microsoft mesmo com ausência da empresa

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A audiência convocada pela Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, para determinar se a Microsoft desobedeceu a uma determinação antitruste foi cancela nesta sexta-feira, 22, segundo o jornal americano The New York Times. A sessão discutiria sobre a investigação realizada pelos órgãos reguladores antitruste europeus para saber se a empresa prejudicou a competição ao integrar o navegador Internet Explorer ao sistema operacional Windows, impedindo que os browsers concorrentes ganhassem mercado.
O inquérito começou depois que a fabricante de software norueguesa, a Opera Software, produtora do navegador de mesmo nome, enviou uma reclamação à Comissão Europeia afirmando que a Microsoft violava as leis antitruste do continente ao integrar o Explorer ao Windows, que equipa cerca de 90% dos computadores do mundo. Em 2004 a gigante do software foi condenada pela Comissão Europeia a pagar uma multa de quase US$ 1 bilhão por vender o seu reprodutor de áudio e vídeo, o Windows Media Player, incorporado ao Windows.
A Microsoft queria que os representantes dos órgãos reguladores europeus fossem à conferência mundial antitruste, em Zurique, marcada para o dia 3 de junho, para que ouvissem os argumentos dela, quando diz que provaria que não violou a lei antritruste. Como não conseguiu fazer com que a Comissão adiasse a sessão de tribunal, que estava agendada para a mesma data da conferência, ela se recusou a comparecer para fazer uma declaração verbal sobre o caso. Em contrapartida, o órgão europeu já adiantou que vai decidir o caso com base nos documentos apresentados tanto pela Microsoft quanto pelas empresas concorrentes.
A empresa de Bill Gates queria adiar a audiência usando como argumento o fato de ela coincidir com a conferência antitruste na Alemanha. Dave Heiner, do conselho administrativo da Microsoft, diz que os mais interessados em defender a empresa estarão na conferência e portanto não poderiam participar da audiência.
O advogado da Opera Software e das demais concorrentes da empresa, Thomas Vinje, declarou ao jornal americano que vê essa alegação apenas como uma tentativa da Microsoft de ganhar tempo.

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