Banespa e Santader concluem integração de TI

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Os bancos Santader e Banespa agora estão debaixo de uma única plataforma de tecnologia, fruto de um investimento de R$ 2 bilhões, iniciados em 2001.

Nessa entrevista a TI Inside, Adalberto José Coelhoso, superintendente adjunto de Sistemas/Varejo do Santander Banespa, conta como foi realizado o projeto:

P – Qual o perfil das plataformas de hardware e software utilizadas pelo Santander e pelo Banespa no momento pré-integração?

R ? Com relação à plataforma de hardware, não há diferença significativa nem antes nem depois da integração. O up-grade das máquinas, e conseqüentemente, do seu sistema operacional, ocorre em função do crescimento da base de clientes do banco, da disponibilidade de serviços e da qualidade e segurança das informações.
Quanto ao software, a plataforma do Santander, apesar de nova, tinha dispersão de tecnologias nos seus vários aplicativos, conseqüência das fusões e incorporações passadas. Já a do Banespa, vinha sofrendo uma renovação desde 2001, que a capacitou para receber os dados do Santander, do Santander Meridional e do Santander Brasil na integração tecnológica feita em abril. Aliás, o processo de renovação tecnológica do Banespa originou a chamada "Arquitetura Aplicativa ou Sistêmica Altair", totalmente voltada aos negócios do Banco.

P – Como foi planejado o processo de integração, vocês contaram com o auxílio de alguma consultoria ou de terceiros?

R ? Sim, houve apoio de uma consultoria externa, a DMR Consulting. Mas o processo de integração foi o ultimo marco de um plano maior iniciado em 2001, que foi a elaboração do Plano Diretor de Sistemas de Informação 2002-2004, com quatro fases bem distintas:

1. Estabilização, Racionalização e Eficiência das plataformas dos bancos;

2. Renovação Tecnológica e Funcional dos bancos (host para Banespa e mid-range para Santander Brasil);

3. Integração Tecnológica e Operativa de Banespa e Santander Brasil;

4. Evolução de Sistemas do Grupo Santander Banespa (evolução pós-integração).

P – Se foi utilizado algum terceiro, quem e qual a participação dele, como foi escolhido?

R ? Foram envolvidos técnicos de todos os fornecedores do Santander Banespa nesta área. O modelo de alocação concentrou-se nas fases de construção, homologação e implementação de software, cobertas por recursos internos (25% do pessoal envolvido) e externos (75% do pessoal envolvido). Os fornecedores foram escolhidos de acordo com um plano de qualificação de parceiros e fornecedores "World Class". Os principais foram Accenture, IBM, DMR, Getronics, G&P, Prodacon e Prime.

P – Qual o tempo de início do projeto e como ele foi pensado em todas as suas fases?

R ? Como já informado, o projeto começou com a renovação do parque tecnológico do Banespa, em 2001. De 2001 a 2004, o Banco modernizou todo o parque tecnológico do Banco, com a substituição dos sistemas antigos por sistemas do padrão Altair, arquitetura desenvolvida pelo Grupo Santander. Ela reúne todos os dados, tornando as informações compatíveis entre si, com possibilidade de serem usadas de forma integrada, agilizando o atendimento.
A modernização incluiu, também, a substituição de cerca de 20 mil equipamentos de caixa, retaguarda e auto-atendimento, entre 2001 e 2005.
Também em 2001, foi criado o Terminal Financeiro Corporativo (TFC), aplicativo que passou a ser o principal instrumento de trabalho dos funcionários, abrangendo as principais funções do dia-a-dia das agências num único ambiente e com acesso rápido.
A partir de 2005, a rede de dados do Santander foi totalmente revisada e modernizada, inclusive com a substituição de mais de 4.400 microcomputadores nos 651 Pontos de Atendimento do Banco.
A integração em si ocorreu em abril deste ano: os sistemas do Santander e do Banespa foram reunidos em uma única plataforma de negócios, que passa a ser uma das mais modernas do mundo.

P – Quais os investimentos e aquisições necessárias, as razões e os ganhos projetados?

R – Desde a renovação tecnológica do Banespa em 2001, o Banco investiu R$ 2 bilhões no projeto. Os principais ganhos são maior eficiência operacional e melhor atendimento aos clientes. Afinal, com a integração tecnológica, ficam padronizados os processos e o atendimento aos 6,9 milhões de clientes do Santander Banespa e a oferta de produtos e serviços fica uniformizada em aproximadamente 51 mil pontos de atendimento no País, considerando-se os 2.000 Pontos de Atendimento do Santander Banespa, a Rede Ver de Amarela, que interliga bancos públicos e particulares, e o Banco 24 Horas. .

P – A integração passou pela incorporação e uma nova equipe, como isto foi feito, quantas pessoas do Banespa foram integradas a equipe do Santander?
R ? Não foram incorporadas pessoas do Banespa no Santander ou vice-versa. Mas pode-se dizer que a renovação e a integração tecnológicas são resultados do trabalho, dedicação e intenso treinamento pelos quais passaram por todos os funcionários.

P – O processo contou com a experiência de técnicos da matriz espanhola ou de alguma forma como a matriz influenciou nos processos e projeto de integração?

R ? Sim, para ganho de escala, usou-se a experiência de alguns técnicos da matriz, mesmo porque a renovação tecnológica, e posteriormente, a integração tecnológica, também ocorreu em todos os países nos quais o Grupo atua, guardadas as proporções nos processos de cada país.

P – É possível falar do montante total investido nesse projeto de integração?
R – Como já informado, o projeto recebeu investimento de R$ 2 bilhões e começou com a renovação tecnológica do Banespa, em 2001.

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