A Intel, principal fabricante de microprocessadores do mundo, já vem há algum tempo destacando a importância que os netbooks terão para as aplicações móveis. A empresa diz que as projeções mostram um crescimento mais rápido desse mercado do que o mercado de smartphones e games portáteis. Paul Otellini CEO da Intel, voltou a fazer essa aposta durante o Web 2.0 Summit, que acontece esta semana em São Francisco. Para ele, em muitos países como China e Índia, as pessoas precisarão optar entre um netbook e um smartphone na hora de adquirir um meio de se conectarem à Internet. "E eu acredito que o netbook traz muito mais possibilidades", disse.
A Intel foi questionada também sobre o WiMAX, tecnologia de conectividade wireless que ela sempre incentivou. Não houve nenhuma mudança de discurso, mas a plateia notou um tom menos entusiasmado de Otellini. Ele citou as operações do Japão, Coréia, Rússia, Índia e as da Clearwire, nos EUA, para mostrar que esta é uma realidade em curso, e sobre o LTE ponderou: "São tecnologias muito parecidas, mas os modelos de negócio que podem ser desenvolvidos em cada uma delas são diferentes".
Ottelini também comparou o plano de recuperação econômica dos EUA com o de países emergentes, como a China, e destacou que os melhores casos são aqueles em que há forte estímulo ao consumo, como é o caso chinês.
Sobre as perspectivas de evolução das tecnologias, o CEO da Intel disse que a tendência é que cada vez mais os chips contenham diferentes funções além do processamento de dados. Funções de localização, processamento de imagem e conectividade são as principais apostas da Intel. Em relação às tecnologias de reconhecimento de voz, Otellini disse que esse assunto já é quase um cálice sagrado, que todos procuram, mas que "está por vir nos próximos cinco anos há pelo menos 15 anos". Segundo ele, a realidade do reconhecimento de voz tem se mostrado muito complexa para poder ser adotada em larga escala.
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