Com um crescimento da receita que pode ser considerado modesto para o porte da empresa e uma queda substancial no lucro líquido, a Microsoft divulgou no início da noite desta quinta-feira, 23, após fechamento dos mercados, os resultados financeiros do terceiro trimestre do ano fiscal de 2015, encerrado em 31 de março.
O lucro da gigante do software caiu 12% no período, de US$ 5,66 bilhões, um ano antes, para US$ 4,98 bilhões, enquanto a receita subiu 6%, de US$ 20,4 bilhões para US$ 21,7 bilhões, graças à contabilização das vendas da Nokia, cuja divisão de telefonia móvel foi adquirida pela Microsoft em abril do ano passado, por US$ 7,5 bilhões. A receita com smartphones atingiu US$ 1,4 bilhão, com a venda de 8,6 milhões de unidades do Lumia.
Em contrapartida, a receita com a venda do Windows para fabricantes OEM de computadores caiu 19%, recuando aos níveis registrados quando do fim do suporte para o Windows XP. Segundo a empresa, essa queda ocorreu principalmente devido aos estoques elevados nos canais de venda. As vendas de licenças de software, de maneira geral, tiveram queda de 24%, de US$ 4,59 bilhões, em igual trimestre do exercício fiscal de 2014, para US$ 3,47 bilhões.
Ainda assim, as ações da Microsoft, que registraram queda de 8,1% ao longo dos últimos três meses, subiram 4,22%, para US$ 44,80 no after-hours trading — negociação após o fechamento da Nasdaq —, nesta quinta-feira, 23, atingindo o pico de US$ 45,32 às 19h13 (no horário de Brasília), já que o lucro por ação superou com folga as expectativas dos analistas.
Durante o trimestre, a Microsoft retornou US$ 7,5 bilhões aos acionistas sob a forma de recompra de ações e dividendos.