É fato que o conceito de cloud computing marcou uma nova maneira de as empresas conduzirem os seus negócios.
Para se ter uma ideia do impacto positivo que o mercado de computação em nuvem tem gerado dentro das economias das grandes potências mundiais, um recente relatório, patrocinado pela Sociedade da Direção Geral de Informação da Comissão Europeia, frisou que a previsão de negócios nesta área deve gerar em 2014 – apenas na União Europeia – um volume anual de 35 milhões de euros, além de criar 13,8 milhões de postos de trabalho até 2015, somente na Espanha.
Já o LSE (London School of Economics) publicou um estudo revelando que no próximo ano a nuvem será uma das impulsionadoras do crescimento econômico em países como Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e Itália. O apontamento também afirma que, daqui a três anos o cloud vai gerar 14 milhões de empregos concentrados em economias emergentes, como na China e na Índia, por exemplo.
Na América Latina, mais precisamente no Brasil, a situação não é muito diferente, já que o cloud computing tem crescido exponencialmente nos últimos tempos, se expandindo para as diversas camadas da economia. Os especialistas apontam 2013 como o ano da consolidação na nuvem no País com a expectativa de gerar uma receita em torno de US$ 257 milhões, segundo a IDC. Até 2015 serão US$ 798 milhões.
O importante é frisar que estes números aquececidos no Brasil são reflexos de uma evangelização feita pelo setor de tecnologia de informação (TI), há alguns anos, através de ações que consistem em familiarizar as empresas com estudos de caso, mostrando os beneficios reais e concretos dos que aderem ao modelo de nuvem.
Trata-se de um pequeno, mas grande salto nos negócios, que permitirá levar na nuvem com apenas alguns cliques, que fazem a diferença entre o sucesso e o fracasso de boas ideias e projetos.
Muito diferente das previsões, que apontavam a escolha da nuvem para aplicações mais simples, o que percebemos, cada vez mais, é a adesão do cloud computing para suportar tecnologias de missão critica, como o ERP (Enterprise Resource Planing). As melhorias, neste caso, vão da economia em infraestrutura à possibilidade de ampliar e reduzir o uso de servidores de acordo com a demanda de cada momento da empresa, sem contar os níveis de segurança aplicados. Esta já é uma realidade e, principalmente, um caminho sem volta e uma espiral de benefícios que vão além do que se pode imaginar.
Felipe Munita, diretor de datacenter & cloud computing da Sonda IT