O mercado brasileiro de sistemas de armazenamento de dados (storage) registrou queda de 37,2% em receita no ano passado, para cerca de US$ 341 milhões, contra US$ 543 milhões alcançados em 2014, de acordo com estudo feito da IDC Brasil. Entre os principais motivos do desempenho negativo, a consultoria destaca a alta do dólar e a recessão econômica, que influenciaram a queda dos grandes projetos.
"Percebemos uma mudança de comportamento do setor, que aumentou a busca pela linha midrange [de equipamentos com preços que variam de US$ 25 mil a US$ 250 mil] e não mais pela high-end [equipamentos com valores superiores a US$ 250 mil] para reduzir despesas. Em 2016 o cenário deve ser o mesmo já que a linha midrange vem oferecendo para uma parcela do mercado um melhor custo-benefício ao cliente", afirma Luís Altamirano, analista de pesquisas da IDC Brasil.
Segundo ele, o segmento de finanças, que costuma investir muito em storage, foi bem conservador em 2015. Além disso, algumas operações alfandegárias deixaram os equipamentos retidos por um tempo acima do normal, o que causou o cancelamento de alguns projetos.
Apesar da queda na receita, o estudo da IDC contatou uma pequena melhora em algumas indústrias. "O segmento de serviços, por exemplo, teve crescimento no último trimestre de 2015. A busca por soluções de cloud computing impulsionou essa pequena elevação e houve um aumento nas negociações de provedores de data centers", diz Altamirano.
Para 2016, a IDC prevê estabilidade no mercado de storage e elevação de 14,7% na linha midrange. A consultoria acredita também que os novos projetos de valor devem impulsionar e ajudar no crescimento do setor em 2017 e 2018, principalmente por conta das novas tecnologias de flash e serviços de nuvem.