O Brasil já é oitava maior fonte de ataques virtuais no mundo, de acordo com levantamento feito pela Akamai, fornecedora de soluções de aceleração e segurança para a internet. No primeiro trimestre deste ano, o país respondeu por 2,2% do total de ameaças.
O relatório identificou no período o tráfego de ataques em 177 países ou regiões, sendo que a China foi identificada como a maior fonte de ameaças, responsável por 34% do volume registrado. A Indonésia aparece em segundo lugar, com 21%, e os Estados Unidos na terceira colocação, com 8,3% dos ataques.
A empresa destaca, porém, que a região de origem do IP de ataque pode não representar o país no qual o hacker reside. As dez maiores regiões e países fontes de ataque geraram 80% das ameaças observadas no período. Em relação às portas mais vulneráveis, destacaram-se a 445 (Microsoft-DS), com 23% do tráfego de ataques, seguida pela porta 80 (www http), com 14%.
O relatório aponta que 154 empresas reportaram 208 ataques DDoS — ataque distribuído de negação de serviço —, que ocorre quando são usados múltiplas máquinas para disparar uma imensa quantidade de mensagens e solicitações a fim de atingir um usuário. Deste total, 35% dos ataques afetaram grandes corporações, como instituições financeiras, 32% atingiram o segmento de comércio, 22% acometeram companhias de mídia e entretenimento, 7% foram ações contra empresas de tecnologia e 4%, agências do setor público.
Conectividade
Ainda segundo o estudo, a média global de velocidade de conexão aumentou 4% entre janeiro e março deste ano, atingindo 3,1 Mbps (megabits por segundo). O Brasil apresentou velocidade média de 2,3 Mbps, ocupando a 73ª posição, com crescimento de 7,4% em relação ao último período de um ano. Em toda a América Latina, a velocidade média de conexão variou de 3,3 Mbps, no México, a 0,9 Mbps, na Bolívia, considerando países que têm mais de 25 mil endereços IP conectados à rede Akamai. No que diz respeito à média de picos de conexão, o Brasil atingiu os 18,9 Mbps, número 25% maior na comparação com o mesmo período do ano anterior. Ano a ano, a média global de pico de velocidade de conexão apresentou crescimento significativo, de 36%.
Já a média de velocidade de conexão dos provedores móveis analisados variou de 8,6 Mbps até 0,4 Mbps durante o primeiro trimestre. No Brasil, a velocidade média foi de 1,1 Mbps. O relatório também identificou que, na primeira metade do trimestre, 41% dos acessos a redes de celular vieram do browser Android Webkit, enquanto 38% foram originados do Apple Mobile Safari. Já na segunda metade, o Android Webkit foi responsável por cerca de 44% dos acessos, com 30% provenientes do Apple Mobile Safari. Quando todas as redes — não só as de celulares — são computadas na análise, 60% dos acessos são originados da Apple Mobile Safari e entre 20% e 33%, do Android Webkit.