A ADP, fornecedora de serviços de processamento e gestão na área de recursos humanos, acaba de concluir seu projeto de expansão para a América Latina, que se iniciou há dois anos com a aquisição da Payroll no Chile. Para isso, foram necessárias adequações de tecnologia, metodologia e gestão com a empresa adquirida.
A empresa investiu algo em torno de US$ 40 milhões, entre serviços de data center gerenciado, despesas em ativos próprios e gerenciamento de infraestrutura de TI, visando resultados para os próximos cinco anos. Segundo a ADP, os valores são proporcionais à capacidade de processamento e ao volume de dados gerados pela companhia. Só no Brasil, a companhia possui mais de 3,2 mil clientes e processa mais de 800 mil holerites mensais.
A tecnologia foi um fator determinante para todo o processo de migração e adequação de ofertas da Payroll e da ADP, tanto que os investimentos em TI da fornecedora de sistemas de gestão de RH e folha de pagamento tem crescido em torno de 20% ao ano.
Os volumes de processamento e troca de dados são cada vez maiores, principalmente com o uso da internet e de plataformas móveis por grande parte dos funcionários das empresas clientes que também passaram a ser usuários dos sistemas de RH. "Hoje os funcionários podem, pelo seu celular, pedir férias, verificar seus holerites, enviar uma justificativa de uma ausência de trabalho, entre outras tarefas. Ou seja, eles não dependem mais de uma interação com a pessoa do RH, pois estamos na era do RH self-service", explica Jarbas Cruz, diretor de operações de TI da ADP para a América Latina.
Para suportar todo o processamento da empresa no Brasil e América Latina, a ADP utiliza dois data centers da IBM, localizados no Brasil e no Chile. "O motivo de optarmos por um outsourcing de TI é o mesmo do nosso cliente, quando ele contrata os nossos serviços: a busca por uma solução robusta e escalável de forma rápida e segura", ressalta Cruz.
Ele destaca que no Chile foi adotado um modelo regional com os mesmos padrões da ADP nos EUA, Brasil e Europa, que será o centro da prestação de serviços para os países de língua hispânica (Argentina, Peru, Chile, Colômbia e Uruguai). No Brasil, a ADP utiliza o data center da IBM, localizado em Hortolândia, no interior de São Paulo, e no Chile o data center de São Bernardo (região metropolitana de Santiago).
"Em ambos os pontos, temos data centers replicados que estão de acordo com os padrões de segurança da ADP e utilizam conceitos de disaster recovery", afirma Cruz. A empresa optou por manter seus dados em nuvem privada, pois a nuvem pública não permite o uso de todas as ferramentas de segurança que a ADP necessita para estar em compliance com os clientes e o mercado.
Segundo o diretor, o primeiro desafio de todo o projeto foi definir os níveis de serviços, para depois dimensionar uma estrutura capaz de suportar tecnologias distintas. "Foi importantíssimo acertar o caminho do investimento e o ambiente de mudança para garantir que não teríamos surpresas durante o processo. Com a tecnologia, alinhada aumentamos a qualidade e a rapidez nos processos e alcançamos o objetivo inicial", conclui.