Fábrica do governo lança chip para rastreamento de bovinos

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O Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), fábrica de semicondutores vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, anunciou nesta terça-feira, 23, o lançamento do primeiro chip nacional para rastreamento de rebanho bovino totalmente desenvolvido pela empresa. O Brasil tem hoje o maior rebanho bovino do mundo, e a adesão ao sistema de rastreabilidade é uma importante vantagem competitiva para aumentar as exportações.

O projeto foi apresentado no Hospital Veterinário da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com a presença do ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, e representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o desenvolvimento desse chip, considerado o mais importante do Ceitec, fornece as condições necessárias para consolidar o Brasil como principal fornecedor mundial de carne bovina, além de credenciar o produto perante o mercado nacional e internacional, diferenciando a carne brasileira e gerando informações seguras e confiáveis para os órgãos de defesa sanitária. O chip vai possibilitar o controle fiscal de inventário de animais e de sua respectiva comercialização.

A identificação eletrônica permite o acompanhamento de cada animal, desde o nascimento até o abate, incluindo as características genéticas, zootécnicas e sanitárias. A abertura de outros mercados, ou manutenção dos mesmos, depende da adequação do Brasil às normas impostas pelo cenário mundial, principalmente a Comunidade Européia, que exige que todo o processo de produção da carne esteja inserido em um programa de identificação e cadastro que possibilite o levantamento de todas as informações sobre o animal.

Segundo dados do Mapa, o Brasil tem hoje um rebanho de 210 milhões de cabeças e exporta um total de R$ 2,5 bilhões anualmente.

O chip desenvolvido pelo Ceitec é o primeiro dispositivo de uma linha de produtos de rastreabilidade animal denominados de Animal Tracking Device (ATD) e que contemplará, posteriormente, as cadeias de suínos e aves.

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