No segundo trimestre, a velocidade média da banda larga no Brasil cresceu 0,2 Mbps (7,6%) na comparação com os primeiros três meses do ano, fechando junho com 3,6 Mbps. Dessa forma, mesmo tendo avançado 25% em relação ao mesmo período de 2014, o País caiu uma posição e está em 90º no ranking State of the Internet da Akamai, divulgado nesta quarta-feira, 23. A média do Brasil ficou abaixo não apenas do índice mundial (5,1 Mbps), mas até da América Latina (média de 3,85 Mbps dentre os 13 países levantados).
Considerando apenas a região latino-americana, o País se posiciona em oitavo lugar, atrás de Uruguai (5,9 Mbps), Chile (5,6 Mbps), México (5,5 Mbps), Argentina (4,7 Mbps), Peru (4,7 Mbps), Colômbia (4,5 Mbps) e Equador (4 Mbps). Está à frente apenas de Panamá (3,3 Mbps), Costa Rica (3,2 Mbps), Bolívia (1,9 Mbps), Venezuela (1,6 Mbps) e Paraguai (1,5 Mbps).
Em se tratando de pico médio de velocidade, o Brasil ficou duas posições acima do que no trimestre anterior, em 80º. Com 27 Mbps (aumento trimestral de 12% e de 32% comparado com 2T14), o País ficou acima da média da América Latina (de 25,1 Mbps), em sexto lugar. Bem abaixo, entretanto, da média mundial de 32,5 Mbps. A banda larga brasileira ficou atrás de Uruguai (47,7 Mbps), Chile (37 Mbps), Peru (28,5 Mbps), Colômbia (27,8 Mbps) e México (27,3 Mbps).
Penetração por velocidade
No recorte de participação de velocidades acima dos 4 Mbps, o Brasil aumentou 5,5% e 26% no comparativo de trimestre e por ano, ficando com 32% e a 83ª posição no ranking mundial. Nos três primeiros meses do ano, a penetração era um ponto percentual (p.p.) abaixo, mas a colocação ficou duas posições acima.
Desta vez não houve grande crescimento na quantidade de acessos acima de 10 Mbps (7,4% e 18%, no trimestre e no ano, respectivamente), que foi de 2,4%, deixando o País na 67º posição. É a mesma colocação do trimestre passado, quando o aumento brasileiro havia sido de 132%. Nas velocidades acima de 15 Mbps, o Brasil ficou em 54º lugar no ranking mundial, com 0,6% de penetração. Foi um aumento de 26% comparado a março e 14% comparado ao segundo trimestre de 2014.
Para efeito de comparação, a velocidade contratada para o serviço de comunicação multimídia (SCM) no País e divulgada pela Anatel em julho é, na maioria (41,28%), entre 2 Mbps e 12 Mbps. Em seguida vêm as conexões entre 512 Kbps e 2 Mbps (31,02%); entre 12 Mbps e 34 Mbps (18,24%); entre 0 Kbps e 512 Kbps (4,89%); e acima de 34 Mbps (4,58%).
Quantidade de números IPs
O Brasil não mostrou mudança no comparativo anual, mas recuou 4,6% em relação ao primeiro trimestre deste ano em quantidade de endereços IPv4 que acessaram servidores da Akamai no período. Com 45,956 milhões de números, o País ficou em terceiro, atrás de Estados Unidos (148,639 milhões) e China (125,177 milhões). Apesar de o Brasil não figurar entre os dez países com maior adoção do protocolo IPv6, duas operadoras brasileiras estão os que mais utilizam no mundo: a Net Serviços (com 6,7% do tráfego em IPv6) e a GVT (com 3,4%).
Essa velocidade nos centros urbanos, mas nas periferias, tenho notícia, são muito menores, quando alguma. Basta sair alguns quilômetros da espinha dorsal Norte x Sul para isso acontecer com frequência. Alguém aí se interessa numa pesquisa de campo, de preferência qualitativa? Se não fizerem isso jamais saberão o que acontece no real em lugares 'fora do mapa' como os do Espírito Santo e do Sul da Bahia que se têm notícias, por exemplo.