A Apple pode enfrentar em breve acusações de violação da lei antitruste no Japão devido aos contratos com operadoras locais para vender iPhones. De acordo com a agência de notícias Reuters, que teve acesso a um relatório publicado no mês passado pela Comissão de Comércio do Japão, similar à FTC nos EUA, no qual acusa as operadoras locais NTT DoComo, KDDI e Softbank de não estarem vendendo seus estoques extras de versões mais antigas do iPhone para os varejistas, limitando assim a concorrência de empresas menores.
Diante disso, órgãos reguladores japoneses estariam considerando adotar medidas contra a Apple por violação da lei antitruste, segundo fontes do governo. Caso haja uma ordem do governo para que adote medidas corretivas, a fabricante do iPhone poderá ter a demanda por modelos mais novos de iPhone, mais rentáveis, que competem contra smartphones equipados com o sistema operacional Android, como o Galaxy S7, da Samsung, e ter suas margens de lucro bastante reduzidas.
A estratégia também tem ajudado a Apple sustentar a demanda por novos iPhones, tornando o Japão um dos seus mercados mais rentáveis. A fabricante americana é responsável por um em cada dois smartphones vendidos no Japão.
Embora a Apple não tenha sido citada nominalmente no referido relatório, fontes do governo disseram à Reuters que as investigações dos órgãos reguladores se concentraram em acordos de fornecimento da Apple com as três operadoras. De acordo com fontes da indústria, os reguladores detectaram a existência de estoques excedentes de modelos de iPhones mais antigos que são mantidos fora do alcance do consumidor japonês e enviados para mercados no exterior, tais como Hong Kong.